O rei Achashverosh sobe ao trono da Pérsia. Apesar de não ser o herdeiro legítimo da coroa, conseguiu impressionar o povo pelas suas riquezas e poder, estabelecendo seu reinado sobre todos os territórios persas.
Este trono era o mais maravilhoso, sobre o qual um rei jamais se sentara. Era construído de marfim recoberto de ouro, encrustado de rubis, safiras, esmeraldas e demais pedras preciosas que lançavam faíscas multicoloridas.
Todos os representantes das nações do seu vasto império foram convidados a participar. Após esses seis meses, ele organizou um festejo especial para toda a população de Shushan, que durou sete dias.
No fundo do coração Vashti possuía um ódio terrível contra os judeus, ira que havia herdado do rei Nevuchadnetsar, seu avô. Tinha o prazer de torturar meninas judias, mandando trazê-las no Shabat e forçando-as a fazer todos os tipos de trabalho.
A maioria dos pais teria considerado o casamento de sua filha com o rei uma honra rara e um grande privilégio. No entanto, Mordechai temia o dia no qual Ester seria chamada a se apresentar à corte. Ele sabia que não poderia escondê-la por muito tempo.
Um dia Mordechai ouviu uma conversa entre dois servos do rei, Bigtan e Teresh. Descobriu que tinham a intenção de envenenar o rei, pois ele os havia destituído do seu cargo de camareiros-mor e os colocado abaixo de Mordechai.
O cruel Haman descendia de Amalec, o inimigo implacável dos judeus. Era o homem mais rico do seu tempo. Ele adquirira suas riquezas desonestamente, apossando-se dos tesouros dos reis de Yehudá.
Haman aproximou-se do rei, dizendo-lhe que o povo estava impaciente e para tanto era preciso encontrar uma diversão apropriada. Acrescentou afirmando que havia chegado o tempo de perseguir os judeus.
Vestido com um saco e com cinzas espalhadas pela cabeça, Mordechai chegou aos portões do palácio. Os fiéis servidores de Ester, avisaram-na do estado no qual se encontrava Mordechai. Estas notícias a preocuparam muito.
Era difícil para Mordechai aceitar este legítimo e sábio pedido de Ester, pois o jejum coincidia com a festa de Pêssach. Porém, como se tratava do futuro do povo inteiro, ele decidiu proclamá-lo oficialmente.
Neste momento, o rei viu Ester na entrada da sala. Ela estava pálida e tinha um ar preocupado, mas sua face irradiava um charme angelical. Achashverosh imediatamente estendeu-lhe seu cetro e a rainha aliviada e cheia de esperança, aproximou-se e tocou na sua ponta.
Haman rapidamente dirigiu-se à sua casa e convocou um conselho de família. Rodeado pelos seus filhos, mulher e conselheiros, gabou-se da honra que o rei lhe concedera.
Haman sabia que não deveria fazer pouco caso das palavras do rei. De mais a mais ele já temia a sua impaciência. Assim sendo inclinou-se de má vontade, para permitir a Mordechai apoiar-se nele a fim de montar no cavalo.
O rei, trêmulo com o horrível pensamento que a vida de sua amada rainha estivesse em perigo, em seu próprio palácio, tomou a palavra e disse à sua esposa: "Quem ousa cometer tamanha inépcia?"
Assim foi decidido que o dia 14 de Adar seria escolhido como o dia da festa de Purim, em comemoração à milagrosa salvação do nosso povo e a queda do perverso Haman.