"A rainha Vashti recusou-se a obedecer a ordem do rei que lhe havia sido transmitida..." (Meguilat Ester 1:12)
O sétimo e último dia da grande festa realizada no palácio real era um Shabat. Enquanto os judeus religiosos não trabalhavam, mas recitavam preces e estudavam a Torá, as orgias no palácio não cessavam. 0 rei, com a língua solta pelo vinho, começou a gabar-se de suas riquezas, de seu grande império e até mesmo de Vashti, a rainha, que pela sua beleza e extraordinário charme superava a todas as outras mulheres. Um dos convidados, excitado pelos licores e vinho ingeridos, desafiou o rei a provar a veracidade de suas palavras, permitindo a Vashti exibir a sua beleza aos convivas. 0 rei imediatamente mandou procurar a rainha e ordená-la a vir a sua presença.
No fundo do coração Vashti possuía um ódio terrível contra os judeus, ira que havia herdado do rei Nevuchadnetsar, seu avô. Tinha o prazer de torturar meninas judias, mandando trazê-las no Shabat e forçando-as a fazer todos os tipos de trabalho. Quando o rei a chamou, falou indignada: "É possível que me ordenaram buscar como a uma simples escrava?" E com muita audácia - recusou-se a obedecer a ordem do rei de ir até o salão onde se realizava o banquete.
0 rei ficou irado. Reuniu sábios conselheiros de seu reino para julgar e condenar Vashti por desobediência. Mas todos temiam falar, menos Haman, que naquela época, era um funcionário desconhecido chamado de Memuchan, e de todos estes homens era ele quem ocupava o posto inferior. Aconselhou o rei a executar Vashti, pois, dizia ele, seu atomafrontoso poderia trazer conseqüências desastrosas de grande porte. Portanto Vashti foi morta por rebelar-se.
Entretanto, não foi simples coincidência que a cruel Vashti foi condenada à morte no Shabat. Ela estava pagando assim o sofrimento que causou às crianças judias no sagrado dia de Shabat.
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