Pouco antes de Moshê enviar os espiões em sua incursão à Terra de Canaã, ele chamou seu protegido de confiança, Yehoshua, e lhe disse: “Que D'us o salve da trama dos espiões.”1
Mas Moshê não escolheu ele próprio os espiões? Se não confiava neles, por que então os escolheu? E se, por algum motivo, ele teve de enviar estes espiões em particular, apesar de suas dúvidas, por que ele somente rezou por Yehoshua, e não pelo restante do clã?
Moshê estava preocupado de que seu grupo de líderes e “visionários” cairia na aliciante armadilha do elitismo – uma condição muito comum afligindo as pessoas alçadas aos cargos do poder. Ele estava preocupado de que eles chegariam a conclusões baseados nas próprias agendas e desejos, e não por causa daqueles dois milhões de judeus que eles representavam. Ele não tinha certeza disso porque confiava e respeitava os espiões; não era uma profecia – era apenas um palpite.
O que ele sabia era que Yehoshua o sucederia como líder do povo judeu.2 Era particularmente importante para Moshê assegurar que o próximo líder do povo judeu não seria um elitista. Como precaução extra, ele deu a Yehoshua suas bênçãos.
No final, o palpite de Moshê provou estar correto. Os espiões falharam em sua missão, colocando seus desejos acima das necessidades do povo.
O futuro líder do povo judeu, Yehoshua, no entanto, colocou as necessidades do povo em primeiro lugar. E aquilo estabeleceu o paradigma de liderença até o nosso tempo.
E para todos nós, isso nos ensina a colocarmos as próprias necessidades e desejos de lado quando trabalharmos em prol dos outros – seja a família, amigos ou a comunidade. Que D'us nos salve do elitismo!
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