Cena 1: O promotor conclui sua apresentação das provas e faz uma pausa. Provou sem sombra de dúvida que os habitantes da cidade judaica foram de fato culpados de idolatria em massa, e portanto deveriam ser condenados à morte.
Cena 2: O advogado de defesa, percebendo que acumulam-se as provas contra seus clientes, avalia a situação e escolhe cuidadosamente sua estratégia.
Perscruta os jurados e então, com um sussurro emocional, principia a descrever a importância de ser misericordioso e de imputar este atributo à nação judaica de qualquer maneira possível. "Ao destruir toda a cidade," proclama ele, "haverá uma insurreição violenta por toda a terra de Israel."
Ele recebe toda a atenção do júri quando começa a relacionar os parentes de cada um dos réus. "Imagine a reação deles quando souberem que seus entes queridos foram eliminados. Poderíamos ter de lidar com uma rebelião de grandes proporções."
O advogado de defesa contempla mais uma vez os jurados ao concluir num crescendo: "Todos conhecemos as estatísticas da população. Nossa maior urgência, no momento, é povoar o país, e um veredicto de culpado nos atrasaria muitos anos. Pense nas conseqüências de sua decisão."
Cena 3: O júri finalmente voltou e está pronto a declarar seu veredito no caso "Ir Hanidachat versus O Estado". O primeiro jurado adianta-se e cita uma notável promessa extraída de um versículo na porção desta semana da Torá, respondendo de uma só vez às reivindicações do advogado de defesa: "E D’us lhe dará o atributo da misericórdia, e eles [os parentes] serão magnânimos para com vocês, e D’us os multiplicará assim como prometeu a seus antepassados" (Devarim 13:18).
"Culpados de todas as acusações!"
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