Os israelitas agora deixavam o Monte Sinai a fim de chegar a seu próximo destino: Kivrot Hataavá, localizado a três dias de viagem do Monte Sinai.

Deixaram o Monte Sinai com pressa, assim como crianças de escola saem correndo no fim do dia. Aos pés do Monte Sinai recebiam diariamente novas mitsvot, e pensavam: "Se demorarmos, Ele nos dará mais mitsvot."

D'us considerou esta conduta como pecado. Demonstrava que consideravam Torá e mitsvot como uma carga, um ônus, ao invés de um benefício.

Dentro de três dias, os judeus pecaram novamente, ao reclamarem sobre a maná e exigirem carne.

Uma vez que esses dois pecados foram seguidos por um terceiro, a Torá escolhe não narrá-los em seqüência próxima, a fim de evitar que os judeus fossem rotulados de "pecadores permanentes." (Um acontecimento triplo confere o status de permanente a um comportamento, o que chamamos em hebraico de "chazacá"). A Torá, por conseguinte, separa os dois episódios um do outro para não condenar os judeus como pecadores permanentes. Ela interpõe entre ambos a passagem de "Vayehi Binsoa" (10:32-36), que traz honra ao povo judeu.

Apesar dos judeus evocarem o desagrado de D'us apressando-se em partir do Monte Sinai, Sua bondade com eles ainda assim permaneceu. Ele instruiu a Arca Sagrada a determinar e conceder-lhes uma jornada agradável. Viajava à frente dos judeus, a uma distância de três dias de caminhada. Duas faíscas irradiavam da arca, eliminando todos os perigos, tais como cobras, escorpiões, e inimigos que desejassem emboscar os judeus. D'us designou a Arca da Aliança para que agisse como um capitão que cavalga à frente de seu exército.