Quando o mês de Nissan chegou pela primeira vez no deserto, Moshê repetiu detalhadamente aos judeus as leis de Pêssach.

Dentre outras, mencionou que alguém que estivesse ritualmente impuro não poderia levar a oferenda de Pêssach.

Então um grupo de distintos tsadikim dirigiu-se a Moshê e Aharon para externar sua reclamação. "Estamos impuros, pois como representantes do povo judeu, guardamos o caixão de Yossef. Deveríamos ser privados da mitsvá do sacrifício de Pêssach porque estamos carregando o esquife de Yossef em nome da comunidade?"

"Não estamos pedindo permissão para comer do cordeiro pascal; apenas desejamos saber se um cohen pode levar o sacrifício em nosso lugar, e aspergir o sangue."

Moshê respondeu: "Vocês são grandes pessoas. Portanto, estou certo de que D'us me concederá uma resposta ao seu pedido. Entrarei no Tabernáculo e indagarei a Ele."

Moshê entrou no Tabernáculo para apresentar a questão perante D'us. Foi então instruído nas leis de Pêssach Sheni, também chamado de Pêssach Catan, Pêssach Menor. Estas leis não foram reveladas a Moshê anteriormente para que pudessem ser registradas em mérito das pessoas virtuosas que estavam tão ansiosas em realizar esta mitsvá.

D'us ensinou a Moshê: "Se um judeu, por qualquer motivo válido, não puder oferecer o sacrifício de Pêssach (por exemplo, se estiver impuro ou longe do Santuário), ele o oferecerá, em vez disso, um mês depois, no dia 14 de Iyar.

"Ele observará todas as leis do sacrifício de Pêssach; realizará o abate na tarde de 14 de Iyar e comerá o sacrifício à noite, junto com matsá e maror. Contudo, em Pêssach Sheni ele não precisará remover o chamêts de seus domínios como deve fazê-lo no verdadeiro Pêssach, nem precisará abster-se de trabalhar."

As leis de Pêssach Sheni aplicam-se apenas aos indivíduos impuros. Se a maioria da comunidade estiver impura em 14 de Nissan, a Torá ordena que apesar disso os cordeiros de Pêssach sejam abatidos como de costume na tarde de 14 de Nissan.