Há uma história de um homem chamado Eddie Jacobson que nos lembra o papel que Esther desempenhou na história de Purim.
Eddie era um judeu comum do Lower East Side de Nova York. Quando criança, seus pais se mudaram para Kansas City e lá conheceu um garoto chamado Harry. Logo eles se tornaram colegas de escola e amigos, prestaram serviço militar juntos durante a Primeira Guerra Mundial e decidiram que, quando a guerra terminasse, abririam um negócio juntos.
O tempo passou, cresceram e abriram uma loja de roupas em Kansas City. Mas o negócio não foi adiante e logo se separaram. Eddie Jacobson tornou-se caixeiro-viajante, vendendo roupas. Seu amigo, Harry S. Truman, seguiu um caminho um pouco diferente e acabou como presidente dos Estados Unidos.
Entre 1947-48, os judeus de todo o mundo precisavam do apoio dos Estados Unidos da para que Israel fosse proclamado Estado de Israel independente e reconhecido pela ONU. O Departamento de Estado foi contra e aconselhou o presidente a não apoiar a criação do Estado de Israel. Judeus e organizações judaicas tentaram ao máximo agendar encontro com o presidente na Casa Branca, no entanto todas as tentativas foram recusadas. Até mesmo a Chaim Weizmann, líder do movimento sionista e o homem que se tornaria o primeiro presidente do Estado de Israel.
Com o passar do tempo, alguém se lembrou de que Harry S. Truman tinha um amigo de infância chamado Eddie Jacobson. Ao encontrá-lo peguntaram se ele poderia fazer com que o presidente dos Estados Unidos se encontrasse com Chaim Weizmann.
Eddie telefonou para o presidente Truman e disse que precisava ir vê-lo. Os funcionários de Truman tentaram bloquear a reunião, mas Truman disse: “Este é meu velho amigo, Eddie: Eddie da escola, Eddie, do Exército, Eddie, da nossa loja juntos! Como posso não ver este homem?”
Quando Eddie chegou à Casa Branca, Truman disse: “Eddie, você pode falar comigo sobre qualquer coisa, exceto Israel”.
Tudo bem”, disse Eddie
Eddie ficou no Salão Oval, em frente ao presidente dos Estados Unidos, e começou a chorar.
"Eddie, por que você está chorando?" perguntou o presidente.
Eddie apontou para uma estátua de mármore na sala e perguntou:
“Quem é esse, Harry?”
“Esse é meu herói, Andrew Jackson”, respondeu Truman.
“Você realmente admira esse homem?” perguntou Eddie.
"Sim."
"E ele teve uma influência sobre você?"
“Sim”, disse Truman.
Então, disse Eddie:
“Eu tenho um herói. Seu nome é Chaim Weizmann. Harry, pelo meu bem, por favor conheça este homem.”
Harry olhou para Eddie e percebeu que não poderia negar um pedido ao seu velho amigo. Foi assim que Chaim Weizmann conheceu o Presidente Harry S. Truman, e foi assim que a América votou a favor da criação do Estado de Israel. Se não tivessem votado, Israel não teria surgido. Além do mais, Harry S. Truman fez dos Estados Unidos o primeiro país do mundo a reconhecer o Estado quando David Ben Gurion o pronunciou.
Perto do final do quarto capítulo da Meguilat Esther, encontramos Esther contando a seu tio, Mordechai, sobre todos os problemas que poderia haver na intercessão junto ao Rei Achashverosh em relação ao destino do povo judeu.
Mordechai escutou e então respondeu a ela com as famosas palavras:
Im haharesh tachrishi, ba'et hazot revach v'hatzlah ya'amod layehudim mimakom acher.
“Se você ficar em silêncio e não fizer nada neste momento, outra pessoa salvará o povo judeu.”
U'mi yodeia im l'et kazot, higa'at lamalchut?
“Mas quem sabe, não foi só neste momento que você se tornou uma rainh? [a, com acesso ao Rei Achashverosh no palácio real?”]
Assim como Eddie Jacobson e Esther HaMalká, D’us está chamando cada um de nós, dizendo que há uma razão pela qual estamos aqui, porque Ele tem algo para fazermos, algo que só nós podemos fazer.
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