Um dos netos do tsadik, Rav Avraham de Tchichanov, um jovem ainda imaturo, noivo da filha de um dos homens mais importantes de Poltosk, passou a mão no bolso de seu avô, que saíra de sua sala durante alguns instantes, e de lá tirou, sem permissão, algumas moedas de pequeno valor.

Ao retornar a sua sala, o Rav percebeu o que acontecera e ficou imensamente preocupado e triste diante da má inclinação demostrada por um de seus descendentes. Resolveu enviar uma carta ao rabino de Poltosk, pedindo-lhe que transmitisse ao pai da noiva, que este viesse ao seu encontro imediatamente, em Tchichanov. O Rabino, obviamente fez o que lhe foi solicitado. E o pai da noiva correu ao encontro do tsadik, morrendo de medo que este houvesse achado que ele não estava à altura de ser seu consogro.

Ao entrar, Rav Avraham lhe disse:
- Você pensou que está entrando em laços de família com o Rav de Tchichanov. É meu dever, portanto, contar-lhe que aconteceu isso e aquilo, para que não haja uma união equivocada.

Quando o pai da noiva soube do que se tratava, tranquilizou-se e respondeu:
- Rabi, não faz mal!

O tsadik repetiu mais duas vezes: “Saiba que aconteceu assim e assim, para que não haja uma união equivocada.”

E de novo obteve a mesma resposta do pai da noiva em relação ao comportamento do noivo: “Não faz mal.”

- Já que é assim – falou finalmente o tsadik – não é mais minha responsabilidade. Cumpri minha obrigação.