1. Ela é mencionada somente duas vezes nas Escrituras

É relativamente incomum que uma mulher seja listada na Torá. Por exemplo, embora nos digam os nomes de 12 dos filhos de Yaacov, sabemos o nome de apenas uma filha, Diná. Passando para a próxima geração, na contagem das 70 almas que desceram ao Egito com Yaacov, apenas uma neta é mencionada: “E os filhos de Asher ... e Serach, sua irmã.” 1

Ao contar a população das famílias prestes a entrar na Terra Santa 250 anos depois, encontramos em meio a um censo predominantemente masculino: “E a filha de Asher: Serach.” 2

2. Ela não era adotada

Há uma tradição de que Serach não era filha biológica de Asher. Em vez disso, ela veio para a família de Yaacov quando criança, quando sua mãe se casou com Asher. Isso explica por que o livro de Bereshit a identifica como a irmã dos filhos de Asher, e não simplesmente como sua filha. Isso também explicaria o que ela está fazendo nas listas genealógicas em primeiro lugar. Como seu pai biológico não deixou herdeiros homens, ela herdou os bens dele, o que lhe deu poder e influência que poucas mulheres tinham naquela época.3

Deve-se notar que esta abordagem é questionada, pois não se enquadra com a leitura direta do versículo em que ela é contada entre aqueles que “saíram dos lombos de Yaacov”.4

3. Ela é mais conhecida por contar a Yaacov que Yossef ainda estava vivo

Yaacov há muito acreditava que seu filho amado, Yossef, estava morto. Quando os irmãos de Yossef o encontraram vivo e bem no Egito, eles ficaram com medo de que dar a notícia a seu pai fosse um choque e colocasse sua saúde em risco.

O que eles fizeram? Eles pediram a Serach5 para dar a notícia a ele suavemente. Como ela fez isso?

De acordo com uma tradição, ela esperou até que ele começasse a rezar e então começou a recitar a seguinte rima:
Yossef está vivo no Egito (Mitzrayim)
Com crianças em seus joelhos (birkayim)
Menashe e Efraim?

Enquanto rezava, ele ainda não conseguia acreditar que fosse verdade. No entanto, assim que terminou e viu as carroças que Yossef havia enviado, ele finalmente se convenceu de que seu filho estava vivo.6

De acordo com a narrativa mais popular desse incidente, somos informados de que ela compartilhou a notícia enquanto dedilhava uma harpa. 7

4. A ela foi confiado o segredo da redenção

Vários relatos midrashicos nos dizem que Serach estava entre os poucos que viveram durante todo o exílio egípcio.8 Assim, quando Moshê veio e declarou que tinha sido escolhido por D'us para liderar o povo para fora do Egito, eles consultaram Serach para ver se suas palavras refletiam o "segredo da redenção, ela tinha ouvido falar de seu pai, Asher, que as tinha ouvido de seu pai, Yaacov.”9

5. Ela identificou o corpo de Yossef submerso na água.

Quando chegou a hora de Moshê levar os restos mortais de Yossef com ele na saída do Egito, foi Serach quem o conduziu até o fundo do rio Nilo.10

6. Ela era a mulher sábia de Avel

Lemos no Livro Shmuel 11 sobre um homem chamado Sheva ben Bichri que tentou organizar uma revolta contra o Rei David e depois se refugiou na cidade de Avel. Vendo que toda a cidade estava em perigo, uma certa mulher sábia corajosamente deixou as muralhas da cidade e negociou um acordo com Yoav, o general de David.

Quem era esta mulher? De acordo com fontes antigas, ela não era outra senão Serach, filha de Asher.”12

7. Ela nunca “morreu”

Na verdade, ela nunca morreu no sentido convencional da palavra. Por causa do serviço que prestou ao avô, ela mereceu entrar no Jardim do Éden enquanto ainda estava viva.13

O Zohar descreve quatro câmaras, cada uma das quais é presidida por uma mulher justa. Sobre a câmara de Serach, lemos como ela cumprimenta a forma iluminada de Yossef rezar três vezes ao dia e se alegra com o papel que desempenhou ao reuni-lo com seu pai.

Ela então lidera as mulheres louvando a D'us e estudando Torá.14

8. Ela está enterrada no irã

Entre os judeus do Irã, há um cemitério especial em Lenjan (província de Isfahan) onde os restos mortais de Serach estão enterrados. Segundo a tradição, nos dias de Abbas I da Pérsia (1571 - 1629), a salvação da comunidade judaica se deu por meio de um incidente ocorrido ali. O local tem uma sinagoga e já foi frequentemente visitado por judeus de todas as partes.