Lashon hará é uma observação negativa verdadeira sobre outra pessoa. A Torá nos proíbe de fazer tal declaração ou de dar ouvidos a ela.
Nossos sábios nos ensinam que um judeu que fala lashon hará peca tão gravemente como um assassino, um adúltero ou um idólatra. Na época do Bet Hamicdash um judeu que falasse lashon hará era punido com tsaráat.
É fácil entendermos porque um judeu que cometeu assassinato ou roubo ficou com tsaráat. São crimes graves. Mas por que um judeu que profere umas poucas palavras proibidas também recebe tsaraát?
Eis algumas das razões pelas quais lashon hará é considerado uma falha tão séria.
- É muito difícil, e às vezes quase impossível, fazer teshuvá por haver falado lashon hará. Para fazer teshuvá, a pessoa deve sentir-se arrependida por haver falado lashon hará e decidir nunca mais repetir este falha. Mas não é suficiente. Ela deve também dirigir-se à pessoa sobre a qual falou e desculpar-se. É muito difícil procurar um parente ou amigo e dizer: "Falei lashon hará sobre você; por favor, perdoe-me!" Isto é tão constrangedor que a maioria das pessoas não o fará. Mesmo se uma pessoa deseja pedir o perdão de outra, pode acontecer de ter falado lashon hará sobre um grupo de pessoas e não pode desculpar-se com todas elas. Ou pode ter falado lashon hará sobre alguém que viajou ou faleceu.
A teshuvá completa pela grave falha de lashon hará é muito difícil. Por isso, devemos ser cuidadosos para evitar este pecado. - Lashon hará frequentemente é cometido mais de uma vez. Quando se trata de roubo ou assassinato, um judeu entende que deve fazer teshuvá e nunca cometer o ato novamente. Mas quando trata-se de lashon hará, a pessoa erroneamente pode pensar: "Que diferença faz umas poucas palavras?"
- D’us quer que todos os judeus vivam em paz uns com os outros.
O lashon hará causa ressentimentos e brigas entre o ouvinte e aquele de quem se falou. Frequentemente alguém pode recusar-se a ser amigo de outro, apenas porque certa vez escutou algo de negativo sobre ele.
O metsorá era obrigado a sair do acampamento e ficar isolado, pois foi ele quem causou rompimento de amizades. Mesmo fora do acampamento ninguém tinha permissão de aproximar-se dele. Ficava separado da família, amigos e vizinhos.
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