D'us entregou aos judeus os Dez Mandamentos no Monte Sinai na manhã de seis de Sivan. No final daquele dia, D'us ensinou a Moshê os mishpatim e Moshê logo os ensinou ao povo judeu. D'us ordenou a Moshê: "Ensine os mishpatim ao povo de Israel, de maneira similar a de quem arruma a mesa. Disponha-os de maneira clara e elucidativa!"
Muitas das leis nesta parashá são tecnicamente complexas e estão além do alcance deste trabalho. Foi feita uma tentativa de dar um breve perfil da maioria das mitsvot, para permitir ao leitor apreciar a sabedoria Divina: "As leis de D'us são verdadeiras e justas em sua totalidade". (Tehilim 19:10)
Aprendemos daqui que não basta estudar os ensinamentos da Torá apenas uma vez. Para conhecer bem esses assuntos, é necessário repetir o estudo várias vezes.
Seu mestre, Rabi Shimon bar Yochai, já não vivia. De modo que o estudante foi à tumba de Rabi Shimon bar Yochai, onde se lamentou amargamente. "Se não posso lembrar do que aprendo, como poderei tornar-me um sábio?"
Nossa parashá trata de um ladrão que não consegue reembolsar o que roubou. O ladrão é vendido pelo tribunal a fim de reembolsar a vítima de seu crime com o dinheiro da venda.
Um judeu que é escravo de um amo humano não pode servir bem a D'us. Não é livre para estudar Torá e cumprir as mitsvot todas as vezes que desejar. Deve estar sempre à disposição de seu amo.
Um homem que deliberadamente mata outro na presença de testemunhas, e após ter sido advertido sobre a proibição da Torá de cometer assassinato, ele é passível de pena capital pelo tribunal.
Se um dos seguintes animais causa dano, o dono é responsável pelo pagamento total do prejuízo: lobo, leão, urso, pantera, leopardo ou serpente. Já que são animais selvagens, são propensos a causar danos portanto o dono é completamente responsável pelos seus prejuízos.
A Torá pune o ladrão de bois e carneiros mais severamente que o que rouba qualquer outra propriedade, pois esses animais constituem a propriedade mais valiosa de um fazendeiro, sem a qual sua subsistência fica ameaçada.
D'us quer que cultivemos traços intrínsecos de bondade e compaixão. Portanto, proibiu-nos de dispensar tratamento inferior aos órfãos e viúvas por causa de sua posição mais fraca.
Um juiz não pode basear sua opinião sobre a de um juiz maior, ou sobre a da maioria dos juízes, raciocinando: "Sua conclusão com certeza está certa." Exige-se de cada juiz que esclareça o caso em sua mente e decida verdadeiramente, mesmo se sua conclusão será oposta ao ponto de vista da maioria.
Se o tribunal declarou que alguém deve ser sentenciado à morte, e subseqüentemente alguém expuser novos argumentos a seu favor, ou mesmo se o próprio réu sugerir algum argumento em sua defesa, seu caso é reaberto - mesmo se já tiver sido levado ao local da execução.
Por que D'us nos proibiu comer leite e carne juntos? Esta lei da Torá recebe o nome de "choc", uma lei cuja razão não nos foi dada por D'us. Apesar do povo judeu não entender o preceito de não misturar carne com leite, todos aceitaram com perfeita fé, sem perguntar nem questionar.
Após o pecado do bezerro de ouro, D'us queria cumprir Suas palavras e enviou um anjo à frente deles. Moshê, no entanto, protestou, dizendo: "A não ser que Tu nos guie pessoalmente, não partiremos daqui!"
Quando os anciãos ouviram a ordem de D'us, reclamaram. Ressentiram-se de não terem recebido permissão de entrar no compartimento mais íntimo de D'us, como Moshê.
Moshê subiu ao topo da montanha e ficou coberto pela Nuvem por seis dias. Este foi um período preparatório para purificar seu corpo, de modo que ficasse parecido com um dos anjos. Então pôde ascender ao Céu, adentrando os círculos da Shechiná.
A Torá nos ensina que devemos observar duas classes de mitsvot: Mitsvot a respeito de Hashem e as mitsvot em relação a outro judeu. Esta Parashá nos ensina leis que tratam do dano causado a pessoas ou propriedades…