Leia o original: Rosh Hashanah over Beirut
Em 1972, eu era um soldado solitário sem família no país, passando o Ano Novo judaico patrulhando a costa libanesa.
Voltam os anos, estamos em 8 de setembro, 1972.
É véspera de Rosh Hashaná e sou um soldado solitário em Sayeret Tzanchanim (uma unidade de reconhecimento de elite da 35ª Brigada de Paraquedistas).
A unidade está sendo liberada para que pudéssemos passar o Ano Novo fora da base com família e amigos. A atmosfera está leve com brincadeiras enquanto todos fazem as malas para partir. No último momento, é feito um pedido para alguns soldados permanecerem na base para patrulha de rotina. Como não tenho família em Israel, voluntariei-me para ficar permanecendo na base. Não é uma noite calma para nós. Alguns podem se lembrar que em Rosh Hashaná de 1972, Israel reagiu ao Massacre de Munique bombardeando 10 basesda OLP na Síria e no Líbano.
Enquanto os aviões israelenses bombardeiam Beirute, helicópteros do exército voam pela costa no caso de alguns pilotos terem sido ejetados e precisarem de resgate. Cada helicóptero inclui dois soldados da minha unidade e mais dois da Marinha. Se um piloto for forçado a voar de paraquedas sobre a água, a Marinha assume; se a ejeção ocorrer sobre terra, nós entramos em ação. A certa altura, temos de retornar à Base Aérea Ramat David para reabastecer. Estamos com a adrenalina alta e ansiosos para voltar ao ar e prestar serviço, e nos esquecemos da data – o que é e o que significa.
De repente, um capelão militar vem correndo até o helicóptero com um copo de vinho, chalot, maçãs e mel e subitamente estamos recitando o Kidush de Rosh Hashaná, enquanto estamos ao lado de um helicóptero esperando para ser reabastecido. É uma noite longa enquanto nossas naves continuam a atacar alvos terroristas em Beirute. Finalmente nas primeiras horas da manhã somos chamados a aterrissar e enviados para casa para passar o restante do feriado em roupas civis.
Passados todos esses anos – 46 para ser exato – aquele momento está perfeitamente claro em minha mente. Eu era um soldado solitário sem família no país, passando o Ano Novo judaico servindo Israel. Aquele Kidush simples falou muito sobre a importância de um exército judeu e foi um dos mais significativos que jamais passei na minha vida.
Que D'us continue a proteger e abençoar a IDF e todos nossos soldados, incluindo soldados solitários, no mar, na terra e no ar.
Shana Tova u’Metuka
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