Na parashá de Pinchás lemos uma das mais heróicas histórias da Torá, a de Pinchás, que, cheio de abrasadora indignação contra um ato de profanação, executou uma vingança sobre os culpados. Por sua prontidão e justo zelo, salvou os israelitas da destruição pela praga.

Poderíamos pensar que Pinchás seria aclamado e ovacionado com pompa; contudo, ele foi recebido com escárnio e alguns até tentaram linchá-lo.

Muitos de nós diríamos em seu lugar: “Vale a pena ser bom? Eu estaria melhor se tivesse me preocupado com minha própria vida.”

Mas aquela não foi a reação de Pinchás, pois era um homem que valorizava uma vida íntegra e justa. E, portanto, desde que recebesse do Todo Poderoso o reconhecimento na promessa do eterno sacerdócio, que diferença fariam aplausos ou vaias de seus irmãos? Não estava em busca de honrarias.

A tragédia de nossos dias é que tudo que fazemos é dirigido de modo a que recebamos a maior medida de publicidade e aplauso. Reconhecimento e destaque.

Que sejamos inspirados por Pinchás, que não pensou no reconhecimento dos mortais, e sim nas bênçãos infinitas de D’us.