Esta porção semanal da Torá, Yitro, relata como, sete semanas após o Êxodo do Egito, o povo judeu experimentou o acontecimento mais grandioso de toda sua história: o recebimento da Torá no Monte Sinai.

Os primeiros mandamentos ecoados do Monte Sinai deram sentido aos mais sublimes conceitos da unidade de D’us. “Eu sou o Senhor teu D’us, Não terás outros deuses além de Mim.” Não é difícil compreender que tão elevadas ideias fossem apresentadas por D’us, Ele próprio, em toda a Sua Glória, a seu povo.

Entretanto, os mandamentos seguintes: “Não matarás, não roubarás etc…” são tão básicos para a sociedade humana que faziam parte de suas leis desde o início dos tempos.

Era realmente necessário repetí-los no Sinai com toda a atemorizante majestade da Divina revelação? Não teriam sido eles parte do comportamento social dos judeus de qualquer maneira?

A razão para o fato é que a motivação para observar mandamentos tão baixos como não matar ou roubar deveria ser porque nos foi assim comandado. Um homem deve refrear-se contra o crime, não somente porque o derramamento de sangue é um ato anti-social, a antítese da conduta humana, mas por que D’us assim o ordenou. Quando nossa conduta é baseada em nossa própria compreensão do certo e do errado, nós muitas vezes nos encontramos em situações em que nossa auto-estima nos cega em relação à verdadeira natureza de nossos atos e nos convence de que o que estamos fazendo é perfeitamente correto, ou ao menos, completamente justificável. Podemos estar seguros da conduta moral e ética adequada somente se for baseada e guiada pela Torá e padrões Divinos.

O ápice deste comportamento foi concretizado pela barbárie da Alemanha nazista. Uma nação de intectuais e grandes filósofos tinham todos os instrumentos, aparentemente, para julgar os critérios do certo e do errado. No entanto, afundaram nas profundidades da bestialidade, acreditando o tempo todo e que havia justificativa para todo o genocídio que será para sempre lembrado na história da humanidade.

“Eu sou o Senhor teu D’us”… e portanto, “Não matarás…”