Naquele sete de adar, 2488, dia de seu falecimento, Moshê realizou um vasto número de tarefas.
Selou um novo pacto entre D’us e Benê Yisrael (conforme explicado na parashat Nitsavim); ensinou-lhes a canção de Ha’azinu; abençoou todas as tribos, e transcreveu a Torá inteira trinta vezes, desde Bereshit até as últimas palavras. Em seu último dia de vida, Moshê escreveu toda a Torá, do começo ao fim. Cada palavra que escreveu foi ditada por D’us.
Um sofêr pode levar um ano para completar o Sêfer Torá. Mas quando Moshê escreveu, as palavras e cada letra parecia fluir milagrosamente de sua mão. Quando terminou, Moshê entregou o Sêfer Torá à tribo de Levi, e disse: "Guardem-no com cuidado, pois todos os outros Sifrei Torá serão copiados deste!"
Benê Yisrael ficaram agitados: "Moshê," protestaram, "porque apenas uma tribo deveria ser encarregada desta mitsvá? Todos os judeus receberam a Torá de maneira igual no Monte Sinai. Não queremos que os membros da tribo de Levi reivindiquem que a Torá foi dada apenas para eles."
Ao escutar esses argumentos, Moshê ficou muito feliz, "Agora vejo o quanto todos vocês amam a Torá," disse. "Escreverei mais doze, e os darei a cada tribo."
Moshê sentou-se, de pena em punho, para começar sua formidável empreitada. De novo D’us realizou milagres, e as palavras pareciam serem escritas por si mesmas. Cada tribo recebeu um Sêfer Torá de Moshê, que disse à tribo de Levi: "Coloquem seu Sêfer Torá no aron (arca), junto às luchot (Tábuas da Lei). Ele somente será usado se houver dúvidas sobre alguma letra ou a ortografia de alguma palavra. Então vocês poderão verificar neste Sêfer Torá e saber como escrevê-la corretamente."
Até hoje, o texto de nossos Sifrei é idêntico ao do que foi escrito por Moshê.
Agora Moshê e Yehoshua ensinarão a canção de Ha’azinu, que figura na próxima parashá.
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