Teshuvá - Por Rabi Shmuel M. Butman
Um dos temas principais em Yom Kipur é teshuvá, arrependimento.
Como é explicado no místico Zohar, uma das muitas "atribuições" do Rei Mashiach é que ele trará até os justos (tsadikim) ao arrependimento. Na superfície, isso parece contraditório. Se eles são realmente tsadikim, por que precisariam se arrepender? E se eles realmente têm algo de que se arrepender, como podem ser chamados de justos?
A filosofia chassídica resolve este problema explicando que quando Mashiach vier, os justos não terão de expiar quaisquer pecados. Ao contrário, ao fazer teshuvá (literalmente, retornar a D’us), ele combinarão simultaneamente a vantagem da pessoa justa que nunca pecou com a vantagem de alguém que retorna em penitência.
Explicando:
Um tsadic vive sua vida exatamente como D’us deseja que ele o faça, observando Torá e mitsvot sem jamais cometer qualquer transgressão. Sua vida inteira é passada no âmbito da santidade e pureza.
Um báal teshuvá (penitente), em contraste, tem a vantagem de poder realmente transformar a escuridão em luz. Exatamente porque ele se afastou tanto, seu desejo de apegar-se a D’us é ainda maior que o do tsadic. Seu amor por D’us é tão intenso que até seus pecados deliberados são transformados em méritos.
Quando Mashiach vier, o justo fará teshuvá no sentido de ascender a níveis ainda mais altos de conexão com D’us. Quando toda a humanidade, incluindo os tsadikim, testemunhar a infinita santidade da Era Messiânica, até os níveis espirituais mais elevados que já foram atingidos parecerão ser nada, e serão alçados a alturas nunca vistas, com a energia e vigor dos baalei teshuvá. Isso, evidentemente, será realizado por Mashiach, que abrirá os olhos do mundo inteiro à subjacente realidade Divina da existência.
Que possa ocorrer em breve.
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