Moshê advertiu o Povo de Israel: não guardem maná de um dia para o outro. Todas as manhãs receberão maná fresco.

Os judeus obedeceram, exceto os reshaim (malvados) Datan e Aviram – os mesmos repreendidos por Moshê no Egito por estarem brigando – que não confiaram nas palavras de Moshê. E se amanhã o maná não caísse? Guardaram um pouco, só para ter certeza… Mas tiveram uma surpresa desagradável. Não puderam comer o resto do maná no outro dia, porque tinha um odor horrível e estava cheio de vermes.

Moshê estava aborrecido com Datan e Aviram. Geralmente D’us protegia os judeus de todos os insetos e bichos, e agora esses reshaim tinham feito com que um alimento maravilhoso e celestial ficasse infestado de vermes!

Quando chegou sexta-feira, erev (véspera) Shabat aconteceu algo estranho. Os pais recolheram um omer de maná como de costume. Mas ao chegar em casa, viram que a porção estava duplicada! Cada omer se transformara em dois! Que significava isto?

Moshê explicou: "Amanhã é Shabat e não cairá maná, pois Shabat é um dia santo e de descanso. Todas as sextas-feiras recebereis porção dupla de maná, para durar até o final de Shabat." Alguns não acreditaram. Outros desobedeceram a ordem. "Sairemos no Shabat para buscar maná!" Naturalmente, tratava-se de Datan e Aviram.

Porém por mais que procurassem, não acharam maná em lugar algum. D’us estava descontente com eles e castigou-os por seu comportamento.

D’us ordenou a Moshê: "Guarda um pouco de maná num frasco para que as futuras gerações possam saber como os judeus se alimentaram no deserto."

Durante a travessia do deserto, encontravam maná todas as manhãs.

À noite, D’us dava carne a Bnei Israel. Fazia cair aves slav sobre o acampamento. Eram aves casher, gordas e saborosas, que os judeus podiam comer. D’us dá a Bnei Israel água de uma rocha num lugar chamado Masá Umerivá.

O povo de Israel se encontrava agora num lugar no deserto onde não havia fontes de água. E os judeus tinham muita sede.

Os judeus que não eram grandes tsadikim (justos) começaram a protestar: "D’us não está ao nosso lado. Por que não nos dá água?"

D’us havia dito a Moshê: "Agora Vou fazer um milagre. Toma teu cajado. Escolha uma rocha e bata nela com o cajado até que se parta. Um milagre acontecerá e a água brotará da rocha."

Moshê golpeou a rocha perante os zekeinim (anciãos) do povo. Brotou tal quantidade de água da rocha que puderam beber à vontade. Os judeus chamaram a rocha de "Manancial de Miriam", pois sabiam que D’us lhes havia dado água no deserto por mérito da irmã de Moshê, Miriam, que era uma grande tsadeket (justa). Desde então, durante toda a travessia do deserto, tiveram água em abundância, pois o Manancial de Miriam os acompanhou onde quer que fossem.