D’us tirou os judeus do Egito para levá-los à Erets Israel. O caminho mais curto para lá era cruzando através da terra dos Pelishtim.
Porém, D’us os conduziu por um caminho diferente, maior: ao redor da terra dos Pelishtim. O caminho mais curto, pensou D’us, tornaria demasiado fácil para os judeus o retorno ao Egito. Assim que fossem atacados pelos inimigos, sentiriam medo e tratariam de voltar ao Egito. Por esta razão,
D’us os levou pelo caminho mais longo, através do deserto.
Como Moshê e Bnei Israel sabiam o caminho?
D’us enviou uma nuvem que os precedia, e eles a seguiam. À noite, uma coluna de fogo mostrava o caminho. Iluminava o povo de Israel, para que pudessem ver no escuro. Além disso, nuvens os rodeavam, dando-lhes proteção: uma a leste, outra a oeste e outra pelo sul. Uma outra nuvem se estendia debaixo dos seus pés como um tapete, para suavizar-lhes o caminho e levar os tsadikim (homens justos). Outra nuvem flutuava no ar sobre eles e os protegia do calor do sol. Toda a travessia do deserto foi feita sob a proteção de D’us.
Uma parábola:
Por que D’us enviou uma coluna de fogo à noiteO rei estava muito ocupado. Todos aqueles que tinham uma reclamação a fazer iam vê-lo neste dia, de modo que pudesse escutá-los e emitir um juízo que estabeleceria a paz entre as partes conflitantes.
Os filhos do rei estavam sentados ao redor do trono, escutando os sábios pareceres emitidos pelo pai. Uns atrás dos outros, os súditos iam e vinham. Quando o último saiu, o dia havia chegado ao fim. Caía a noite. A sala do trono estava se tornando escura. O rei pôs-se de pé, acendeu uma tocha, e a colocou à frente dos filhos, para que pudessem achar o caminho e sair do palácio. Todos os nobres e serventes se apressaram em correr para ajudá-lo. "Não se preocupe em segurar a tocha para seus filhos, majestade!" exclamaram. "Nós o faremos."
O rei replicou: "Não seguro a tocha para meus filhos por não ter quem o faça por mim. Seguro-a eu mesmo porque desejo mostrar o quanto amo meus filhos. Então vocês os tratarão com o devido respeito."
De maneira análoga, D’us enviou sua coluna de fogo adiante de Bnei Israel no deserto. Poderíamos dizer que "levou uma tocha por eles." Fez isso para mostrar às nações o quanto ama os judeus.
D’us esperava que as nações então dariam aos judeus o merecido respeito.
O faraó persegue Bnei Israel
Quando o Povo de Israel saiu do Egito, o faraó e toda sua corte se sentiram consternados. "Que erro cometemos ao deixar sair todos estes escravos judeus!" lamentavam-se. "Agora eles têm até ouro e prata!"
O primeiro pensamento do faraó foi perseguir o Povo de Israel, mas vacilou. Afinal, ele e seu povo acabaram de sofrer as dez terríveis pragas.
D’us, porém, fortaleceu o faraó na sua decisão de perseguir Bnei Israel, pois queria que o exército do faraó se jogasse no Yam Suf (Mar Vermelho).Este seria o castigo final pela crueldade do faraó e dos egípcios, por haver afogado sem piedade os meninos judeus no rio Nilo. D’us ordenou a Moshê: "Diga a Bnei Israel que dê a volta e se encaminhe novamente ao Egito, para que o faraó pense que se perderam. Então os perseguirá."
Assim que o faraó escutou que os judeus estavam se aproximando novamente do Egito, convocou os generais e o exército. "Os judeus estão andando em círculos," exclamou. "Parecem estar perdidos. Rápido, vamos atrás deles. Cavalgarei à frente do exército. Quando os alcançarmos, mataremos todos os judeus e recuperaremos nosso dinheiro."
O próprio faraó preparou sua carruagem. Não quis esperar pelos criados, tão ansioso estava para persegui-los.
ב"ה
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