“Eu acredito no sol, mesmo quando ele não está brilhando.
Eu acredito no amor, mesmo quando eu não sinto ele.
Eu acredito em D’us, mesmo quando Ele está em silêncio.”
(Texto encontrado em uma parede de Auschwitz)
O povo judeu é conhecido como um povo que cultiva memórias, aquele que nada esquece e tudo lembra, preservando o passado na eternidade.
Uma das datas marcantes em nossa história, é o dia 9 de Av, no qual recordamos várias catástrofes que o povo judeu sofreu. Neste dia, no ano de 3338 (423 AEC), o primeiro Beit Hamicdash, Templo Sagrado de Jerusalém, foi destruído pelos babilônios.
Quatrocentos e noventa anos depois, surpreendentemente nesse mesmo dia, o segundo Templo foi destruído pelos romanos.
No ano de 1290, no dia 9 de Av, ocorreu a expulsão dos judeus da Inglaterra. E duzentos anos mais tarde, em 1492, a Rainha Isabel e seu marido Fernando, ordenaram que os judeus fossem banidos da Espanha. A data hebraica na qual os judeu tiveram que deixar o país foi, mais uma vez, 9 de Av.
Porém, por que não vivemos o futuro deixando as lembranças do passado de lado? Afinal, estamos vivendo uma era moderna onde temos que nos concentrar no que seremos no futuro, e não o que fomos no passado!
Nesta semana, Parashá Devarim, lemos a Haftará “Chazon Yeshayahu”.
O mestre chassídico Rabi Levi Yitzhak de Berditchev dizia que neste shabat é revelado para cada pessoa o Beit Hamicdash, despertando assim, o anseio para dias melhores com a vinda do Mashiach e a construção do Terceiro Templo.
Guardar memórias do passado nos ajuda a trabalhar por um futuro próspero.
Não devemos guardar memórias somente para nos lembrar daqueles que nos fizeram mal, ou para simplesmente nos lamentar sobre o passado.
As memórias são aquelas que nos empurram para frente, são elas que nos impulsionam a seguir adiante e atingir novas conquistas.
Foi justamente por ter lembrado de Eretz Israel durante os tempos difíceis, que nós voltamos para ela. Foi justamente por lembrar do Holocausto, que impedimos que aconteça novamente um massacre em massa. E será por lembrarmos do Beit Hamicdash, que voltaremos a ver a construção dele breve em nossos dias, amén.
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