Mais da metade da área de Israel é ocupada por desertos. O deserto localizado entre Jerusalém e o Mar Morto é chamado de Deserto da Judéia. Apesar de inóspito e seco, esse deserto esconde alguns lugares muito interessantes como Ein Gedi, o maior oásis existente na Terra Santa.

Localizado próximo à margem oeste do Mar Morto, no meio de um deserto árido e rochoso, fontes de água doce criaram um local belíssimo e cheio de vida selvagem. Diversas espécies animais vivem na reserva como íbex (espécie de cabra selvagem), leopardos, hienas, lobos, raposas e serpentes.

Ein Gedi foi ocupado na Idade do Cobre, cerca de 5.000 anos atrás, onde na época, um templo foi erguido próximo a uma das fontes e recebia peregrinos vindos de vários locais. Parte das ruínas desse templo podem ser vistas. Ao longo da história, o oásis foi ocupado por vários povos que passaram pela região.

Em 1949, após a Guerra da Independência, Israel se protege contra nações árabes hostis assegurando suas fronteiras, entre elas Ein Gedi.

En Gedi é citado diversas vezes na Torá e tornou-se um dos locais mais visitados em Israel. Ein Gedi possui rochas de tom acobreado e uma vegetação com bolsões verdes. Um cartão postal que exibe sua exuberância e águas cristalinas. Ein Gedi exibe um passado bíblico épico. Os nichos nos penhascos são os locais onde o Rei David se escondia de seu inimigo, o rei Shaul, e as trilhas rochosas onde Shaul o caçava. Os vinhedos de Ein Gedi produziam as gloriosas flores de hena, que o rei Shlomo descreve em seu Shir Hashirim, “Cântico dos Cânticos” comparando-as à sua amada....

Ein Gedi possui quatro fontes de água doce, que dão origem a quatro córregos que correm por dois vales até desaguar no Mar Morto. Os dois córregos principais são o Córrego de David, que corre pelo vale de Wadi David, e o Córrego de Arugot, que corre pelo vale de Wadi Arugot. As nascentes são abastecidas pela água da chuva que cai nas Montanhas da Judéia, é absorvida pelo solo, atinge o subsolo rochoso escorrendo até o local. No ponto mais alto de Ein Gedi observa-se uma bela vista do Mar Morto.

Seguem as várias atrações naturais e suas trilhas:

  • Córrego de David– uma cachoeira durante todo o ano ao longo do curso do córrego de David, à qual há acesso por uma trilha para toda a família.
  • Córrego Arugot –uma trilha para quem gosta de caminhar percorre toda a extensão do córrego, que flui o ano todo, até a Hidden Waterfalll e as piscinas no início do riacho.
  • Manancial de En Gedi – nasce na encosta da montanha e sustenta vegetação abundante. Na spring ficam os restos de um antigo moinho de farinha.
  • Caverna Dudim – uma caverna pequena e incrustada na cabeceira da cachoeira de David. O templo calcolítico - as ruínas de um templo antigo, perto da primavera de En Gedi. O templo é atribuído ao período calcolítico (há mais de 5.000 anos) e atraiu os fiéis da área circundante.
  • O Canyon Seco– parte da Cachoeira de David (acima da nascente) na qual existem depressões que se enchem após as enchentes e um mirante impressionante chamado Window Waterfall, Janela para a Cachoeira. Caminhada recomendada apenas para pessoas mais experientes.
  • Subida En Gedi – Há 5 trilhas íngremes que escalam o oásis de En Gedi até o platô do deserto da Judéia: Subida Mt Yishay, Subida En Gedi (um caminho antigo que alguns consideram a Subida Tsits mencionada em II Crônicas 20:16), Subida de Bney Ha'Moshavim, Subida dos Essênios (um antigo caminho romano) e Subida de Tsruya. Todas são recomendadas apenas para caminhantes experientes, e não são recomendadas durante o verão ou em dias muito quentes.
  • Tel Goren – os restos do antigo assentamento de En Gedi. Verificou-se que o monte possui sinais em achados da Idade do Ferro (período Bíblico), período persa, período helenístico e período romano.