Publicado pela Yeshivá Tomchei Tmimim Lubavitch
Em Likrat Shabat on line

“E entraram Moshê e Aharon à Tenda da Assinação, e saíram e abençoaram o povo; e apareceu a glória de D”us a todo o povo.”

Nos sete dias de miluim a Shechiná ainda não repousara sobre o Mishcan, Tabernáculo, e os pecados do povo judeu ainda não haviam sido expiados. No oitavo dia, disse-lhes Moshê: “Aharon, meu irmão, é superior e mais importante do que eu, pois é através de seus sacrifícios e de seu trabalho que a Shechiná repousará sobre vocês.”

O Serviço de Moshê é diferente do de Aharon. Moshê atraiu e fez descer a luz Divina de cima para baixo, fez com que a santidade superior descesse e habitasse este mundo. A Torá foi outorgada ao povo judeu justamente através de Moshê Rabênu. Foi ele que fez com que a Torá descesse do Céu, e a transmitiu ao povo judeu.

Aharon porém, elevava os aspectos inferiores. Aharon era quem acendia a Menorá no Mishcan – “quando acenderes as chamas”. Aproximava os judeus da Divindade. Elevava os judeus. “Ama as criaturas e as aproxima da Torá.”.

D’us faz descer sua santidade a fim de que as criaturas purifiquem-se e se elevem. Assim foi na outorga da Torá – D’us desceu ao Monte Sinai, e isso possibilitou a subida de Moshê para lá. Foi o trabalho de Aharon (consequência do de Moshê) que fez com que a Shechiná, presença Divina, habitasse este mundo em um nível mais elevado. Por isso Moshê declarou que Aharon, seu irmão, era mais importante e elevado que ele, pois o trabalho de Aharon é de baixo para cima.

O ensinamento que isso transmite a cada um de nós é que se desejarmos que a Shechiná esteja conosco deveremos seguir a recomendação: “Seja como os discípulos de Aharon: ame a paz e a persiga, ame as criaturas e as aproxime da Torá.”

Além de ajudar aqueles que se encontram afastados a se aproximarem e amarem o caminho da Torá e o cumprimento das mitsvot, fará um bem ainda maior beneficiando àquele que as aproxima, pois assim terá o mérito de que a Shechiná repouse sobre o trabalho de suas mãos.

Baseado em Likutê Sichot, Vol. VII, págs. 298-299.
(Maayan Chay, Vayikrá, págs. 52-54)