O Báal Shem Tov ensinava que uma pessoa deve ser cuidadosa para não fazer julgamentos severos sobre os outros. “Você está julgando a si mesmo” – dizia.
Quando o Profeta Nathan admoestou o Rei David por causa do incidente de Bat Sheva, relatou a parábola de um homem rico que possuía um enorme rebanho, e mesmo assim roubou a única ovelha de um vizinho pobre. David ficou indignado com essa terrível injustiça, e em sua fúria exclamou: “Juro por D’us, esse homem merece a morte!” Nathan então disse: “Esse homem é você!” (Shemuel II 12:1-5).
D’us sabe quais interesses pessoais nos tornam alheios à importância de nossos próprios erros, portanto Ele dá um jeito de nos fazer observar nos outros ações e comportamentos similares aos nossos. A maneira pela qual reagimos às nossas próprias ações quando as vemos em outros determina de que maneira D’us nos julgará. Se formos lenientes no julgamento, dando aos outros o benefício da dúvida, analisando a amplitude de circunstâncias que talvez tenham causado a conduta inadequada, então D’us nos julgará com igual leniência. Mas se formos severos e rápidos em condenar o próximo, seremos julgados com igual severidade.
No Dia do Julgamento, os livros de nossos atos estão abertos, e eles “leem por si mesmos”, i.e., nossas ações falam por si mesmas. “E o selo da mão de cada pessoa está ali” – ou seja, pronunciamos nosso próprio julgamento sobre as nossas ações pela maneira que reagimos a ações semelhantes quando as observamos nos outros. D’us simplesmente cumpre os julgamentos que fizemos de nós mesmos.
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