Após meses de debate, o parlamento alemão decidiu aprovar uma lei apoiando a prática religiosa da circuncisão, aparentemente pondo fim a um estado de confusão que surgiu este ano quando uma corte de Colônia decretou que o procedimento constituía ferimento corporal.

A legislação pendente, que foi preparada pelo escritório da Ministra da Justiça Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, fará uma emenda na lei atual no sentido de permitir a circuncisão religiosa de um bebê do sexo masculino com consentimento dos pais, desde que estes tenham sido informado dos riscos e que não haja contraindicações médicas. Um circuncidador religiosamente treinado, conhecido no Judaísmo como mohel, pode realizar o procedimento desde que a criança tenha menos de seis meses de idade.

A decisão veio após uma avalanche de reuniões em agosto entre a ministra da justiça, o rabino israelense Yona Metzger, o Rabino da Comunidade Judaica de Berlim e emissário Chabad-Lubavitch Rabi Yehuda Teichtel, e outros funcionários da comunidade.

“Esta, sem dúvida, é uma notícia muito positiva,” disse Teichtel. “Isto permite o contínuo crescimento e desenvolvimento da vida judaica na Alemanha.”

Em julho, o gabinete da Chanceler Alemã Angela Merkel orientou seu governo a encontrar “certificado legal” sobre o tema. A legislação proposta agora vai ser enviada ao Parlamento Alemão para confirmação.