Há mais de 5 milênios - estamos rumo ao ano 5773 em nosso calendário - o judaísmo é regido por leis que respeitam a natureza, Criação Divina, que engloba todos os seres vivos e o próprio homem: como ele deve interagir no mundo, com seu meio ambiente e com seus semelhantes.

Encontramos diversas porções na Torá que abordam questōes relacionadas a preservação da natureza, respeito e cuidados com os animais, a proibição de cruzamento de espécies diferentes, e mais antigas como o descanso da terra no ano sabático.

Desde a criação de Adão, o primeiro homem, que por ordem Divina nomeou todos os animais com sabedoria e conforme a sua natureza, até a Arca de Noé onde observamos a cena de um homem preocupado em salvar pares de animais para a preservação da espécie, notamos uma minuciosa preocupação com o reino animal. Na arca, Noé tinha que alimentá-los, entender seus extintos e deixá-los saciados até que a embarcação atracasse em terra firme após o Dilúvio. Era um trabalho exaustivo, mas ao mesmo tempo inquestionável, feito com amor e paciência.

Há regras claras e leis que regem a proibição de cruzamento de frutos de espécies diferentes na Terra Santa. Dois animais de espécies diferentes, que representam forças distintas eram proibidos de ararem juntos a terra. Ao apanhar ovos no ninho primeiro é necessário afastar a ave mãe do local. Leis sobre a proibição de causar sofrimento aos animais estão bem claras na Torá e também consta nas Sete Leis de Noé e são válidas para toda a humanidade.

Este ano na Rio+20 diversas questões ambientais estão sendo debatidas com a presença de chefes de Estado, representantes de entidades e grupos que formam a diversidade de nosso planeta. A conferência acaba em poucos dias. Mas o que não pode acabar é a consciência coletiva. Nestes dias surgem muitos impasses e dúvidas. Todos desejam que saiam resultados positivos refletidos em soluções práticas que viabilizem a melhora de qualidade de vida. Devemos continuar promovendo a paz e a não proliferação de armas, a liberdade de expressão e o respeito ao próximo e à diversidade humana.

A preservação da vida na Terra depende muito mais da integridade do homem e de seus códigos de conduta que movimentam todos os povos e suas nações. Apenas a sabedoria do homem poderá direcionar qual será a herança que será deixada para as próximas gerações, do mundo de vista físico de conduta ética e moral.

Rio: +20, -1

Em Ipanema integrantes de cerca de 30 movimentos sociais e religiosos protestaram contra Mahmoud Ahmadinejad em uma caminhada no domingo (17), com faixas e cartazes sendo carregados próximos ao calçadão da praia na Avenida Vieira Souto, fechada ao tráfego nos domingos e feriados.

O protesto é uma crítica à política iraniana de desenvolvimento de armas nucleares, ao histórico de tortura e terrorismo promovidos pelo governo de Ahmadinejad, intolerância religiosa e desrespeito aos direitos humanos. Várias lideranças de diferentes movimentos participam da caminhada que reuniu cerca de 3 mil pessoas.O grupo é contra a aproximação política e estreitamente das relações entre Brasil e Irã. O movimento começou a ser organizado há cerca de um mês através das redes sociais.

Alguns manifestantes confeccionaram imitações de troncos de árvores com material reciclado utilizando papelão e garrafas PET. Nos “troncos”, havia bilhetes pendurados com os seguintes dizeres: “Desrespeito aos direitos humanos não se sustenta”; “Intolerância religiosa não se sustenta”; “Negar o Holocausto não se sustenta”, etc. Entre as faixas carregadas pelos participantes no protesto estavam frases como: "Rio não dá boas-vindas a Mahmoud Ahmadinejad". Os organizadores do protesto informaram que pretendem fazer outras manifestações, inclusive na porta do hotel onde Ahmadinejad ficará hospedado durante a Rio+20.

“Persona non grata”

A vereadora Teresa Berguer (PSDB), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio, entrou com pedido propondo que Ahmadinejad seja considerado “persona non grata” na capital. Ela acredita que, caso a medida seja aprovada, o presidente iraniano sinta-se inibido de voltar outras vezes ao país: “Minha proposta de considerar o Ahmadinejad ‘pessoa non grata’ no Rio é um alerta aos nossos governantes para que não o convidem para vir a nossa cidade. Ele nega e viola todos os direitos humanos, além de pregar a mentira, como negar a existência do holocausto”, afirmou Teresa.

O cozinheiro Abrahão Haratz, 61, usava camiseta com estrela de Davi e a inscrição "Juden", como a que os nazistas obrigavam os judeus a usar. "Não se pode aceitar que um sujeito negue o Holocausto, como Ahmadinejad. Assim se perpetuam crimes."

Em S. Paulo

Em S. Paulo também houve ato contrário à presença de Ahmadinejad, em Higienópolis.

"Como a ONU, que prega a paz, pode convidar um líder sanguinário que afirma que Israel deveria ser varrido do mapa?", perguntou Mário Fleck, presidente da Federação Israelita de SP.

Silvia Blumberg, designer de jóias, estava emocionada no protesto. Perdeu uma prima durante um atentado terrorista na Cisjordânia, em 2006. Helena Halevy era brasileira e morou em Israel por 20 anos. Em 2006, Silvia conta que Helena e o marido deram carona a um homem vestido de judeu ortodoxo. Na verdade, segundo Silvia, o homem carregava uma bomba amarrada ao corpo. “O homem é o maior símbolo da natureza. Gostaria que, na Rio+20, discutissem a tolerância. É disso e de respeito que precisamos para viver”, acrescentou.