O mundo esteve acompanhando nas últimas semanas as Olimpíadas 2012 em Londres, um mega evento de repercussão global onde bilhões de seres humanos acompanham, vibraram com as vitórias, lamentaram as derrotas, mas assistiram a todas as conquistas e a superação de atletas no maior evento esportivo do planeta.
Entretanto, qual é o objetivo de uma olimpíada? Qual o propósito de atletas seletos correrem, nadarem, saltarem, arremessarem, etc.?
Certamente, além do espetáculo em si, o intuito é superar o limite humano, i.e., bater recordes; além do que, vencer é muito bom. Embora exista um vencedor em cada competição, a grande novidade é quando um recorde é superado. A sensação, com certeza, é fantástica, tanto por parte do recordista como também do espectador.
Qual é o segredo destes recordistas?
Como alcançam tal façanha, jamais atingida na história?
Estudos científicos comprovam o que o judaísmo afirma há milênios: o ser humano é dotado de potencial extraordinário, embora muitas vezes, desconhecido ou totalmente ignorado por ele. Utilizamos uma ínfima parte de nosso potencial. Porém, para colocar todo, ou quase todo, potencial em uso é necessário exercitar-se, dedicar-se, ter força de vontade, determinação, submeter-se a treinos, etc. Em suma, nunca parar; senão, o que foi conquistado corre o risco de ser desperdiçado, ficar "atrofiado".
Isso me lembra um homem que perguntou: "Rabino, quando D'us nos isentará da colocação de tefilin por um mês?" Ao que respondi: "Depois dos 120 anos; senão, nossa ligação com Ele atrofiará."
Pirkê Avot, a Ética dos Pais, retrata muito bem este conceito, ao nos orientar sobre o estudo judaico desde a mais tenra idade. A partir de cinco anos, inicia-se o estudo de Torá; aos dez, da Mishná; aos quinze, o Talmud e assim por diante.
A ordem é nunca regredir, mas sim evoluir, qualitativa e quantitativamente. Dessa forma, estaremos desenvolvendo, cada vez mais, nosso potencial espiritual e a capacidade de bater recordes.
O judaísmo quer estar presente em nosso dia-a-dia durante as 24 horas-, para que possamos exercitar mais e mais nosso potencial, o que os livros sagrados chamam de "alma". Assim, com certeza, conseguiremos bater o próprio recorde ou, pelo menos, ganhar uma medalha de bronze nesta grande maratona denominada vida.
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