Fazia trinta anos que eles tinham pisado na Yeshivá de Petrópolis, Brasil, que tinha criado sua base judaica para os anos vindouros. Naquele período muita coisa tinha mudado na vida deles, mas seu amor pela Yeshiva continuava até hoje. Eram adolescentes quando Moises e David Benchimol entraram pela primeira vez na famosa yeshiva. Muitos estudantes de todo o país vieram estudar na única yeshiva no Brasil naquela época. E quando eles saíssem pagariam às suas comunidades, tornando-se líderes de sinagogas e escolas. David e Moises não eram diferentes, e tinham vindo de Manaus, Amazonas.

Quando o carro passou pelo portão da yeshivá naquela manhã de sexta-feira, David disse que sentiu muitas emoções. Quando desceram do carro o Rosh Yeshiva Rabino Adi Benjamin cumprimentou os dois com grande alegria. Embora vários anos tivessem passado e muitos alunos tivessem estudado ali, eles se reconheceram. Na época em que eles estudaram ali o Rosh Yeshiva era o pai de Rabino Adi Benjamin, conhecido como o Rav. Hoje muitos estudantes eram filhos de bochurim que tinham estudado com Benchimol trinta anos atrás. Como disse Moises: “Era como voltar para casa. Quando estudávamos ali estávamos concentrados e não tínhamos as distrações que temos hoje. Ali era onde eu sentia meu verdadeiro eu.”

Na hora do Cabalat Shabat Rabino Adi perguntou a eles que música se lembravam da yeshiva, e certamente eles se lembraram de um alegre nigun. A alegria de ver, rezar, estudar e viver novamente na atmosfera da yeshiva era incrível. A yeshiva fica nas colinas de Petrópolis, cercada com bosques de árvores.

Depois que o Shabat terminou, eles foram fazer Kidush Levaná e dançaram pela primeira vez em 30 anos. David e Moises ficaram acordados até tarde contando aos bochurim histórias sobre como a yeshivá era naquela época. No domingo após rezar minchá os dois estavam prontos para deixar a yeshivá e pegar um voo, e pediram para tirar uma foto com os bochurim. Os alunos os rodearam e dançaram Ani Maamin, exatamente como fizeram trinta anos atrás. As emoções e as lembranças tiveram um impacto incrível sobre eles, em preparação para Rosh Hashaná.

Os dois começaram a seguir nas próprias casas uma parte do estilo de vida que tinham vivido na yeshivá. O mais incrível é como eles voaram durante 6 horas somente para visitar a yeshivá, embora o aeroporto fique na cidade turística do Rio de Janeiro.

Eles disseram: “No próximo ano teremos de trazer mais uma pessoa para que ele também tenha essa oportunidade de sentir o que é o Gan Eden.”