Uma equipe internacional de astrônomos interligaram seus telescópios como o Apex, no Chile, com os americanos Submillimeter Array (SMA), no Hawaii, e o Submillimeter Telescope (SMT), no Arizona. Como resultado conseguiram obter a imagem com uma precisão sem precedentes, dois milhões de vezes melhor que a da visão humana: a do centro de uma galáxia distante, o quasar brilhante 3C 279, que contém um buraco negro de elevada massa - cerca de um bilhão de vezes a do Sol - e que encontra-se tão distante da Terra que a sua radiação demorou mais de 5 bilhões de anos para chegar até nós.
Enquanto a ciência avança em todos os campos, inclusive no espaço ilimitado entre galáxias e sistemas complexos decifrando imagens e reações, povos habitam a Terra destruindo-a e destruindo-se, uns aos outros. Povos enfurecidos efetivam ameaças que vão além da conspiração: sequestro, mortes, atentados covardes e bombas poderosas que desconhecem fronteiras.
Astronomos, em seu campo de conhecimento, se empolgam com a ideia de que podem ligar muitos mais telescópios entre si a fim de criar o chamado Telescópio de Horizonte de Eventos, capaz de obter imagens da sombra do buraco negro de elevada massa que se situa no centro da nossa Via Láctea, assim como de outros situados em galáxias próximas. A sombra - uma região escura vista em contraste com um fundo mais brilhante - é causada pela curvatura da luz devido ao buraco negro e seria a primeira evidência observacional direta da existência do horizonte de eventos de um buraco negro, a fronteira a partir da qual nem mesmo a luz consegue escapar.
Paradoxo dos tempos em que vivemos…
De nosso lado não precisamos de telescópios para interpretar o buraco negro das notícias do planeta Terra: países transformados em campos de guerra, nações empobrecidas, pobreza, corrupção com formação de gangues, cartéis, crimes, terror. O mais recente estampado na manchete dos jornais “Atentado terrorista contra três ônibus de turistas israelenses na Bulgária mata três deixando dezenas de feridos”.
Que D’us continue nos nutrindo com muita fé e sabedoria, não apenas para manter o equilíbrio entre o abismo que separa – mas que temos capacidade de aproximar – entre Céu e Terra.
Aprendemos que quanto maior a descida, maior será a elevação. A humanidade está em curto circuito. Já está mais do que na hora de sairmos do buraco negro e começarmos a reerguer a essência (leia também descência) humana que persiste em afundar em nossos dias. Seja acendendo mais uma chama na escuridão ou reencontrando o interruptor de luz. Fomos ensinados a iluminar o caminho e todos os locais em que habitamos. Vivemos um paradoxo impossível de ignorar, mas possível de combater. Que seja através da união e do esforço conjunto de todas as nossas forças e energias positivas: físicas, espirituais e humanas. Só assim daremos início a uma nova Era de nossa história, desta vez completamente iluminada.
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