A romã é uma fruta nativa do Irã, mas cultivada em toda a região do Mediterrâneo há milhares de anos. A palavra (em inglês, pomegranate) deriva do latim, pomum (maçã) e granatus (com sementes), devido ao seu formato semelhante à maçã e às centenas de sementes que preenchem o fruto. Em hebraico, a palavra para romã é rimon, que também significa “sino”.

Em Rosh Hashaná comemos um novo fruto e fazemos a bênção de shehecheyanu. Muitos judeus têm o costume de usar uma romã por causa de seus simbolismos especiais. A romã é uma das Sheva Minim (sete espécies) de plantas com as quais a Terra de Israel foi abençoada, e portanto exige uma berachá achroná, bênção especial, para as Sheva Minim. É também um símbolo de integridade, porque suas 613 sementes correspondem às 613 mitsvot da Torá. Devido ao seu simbolismo especial, Shlomo Hamelech usava a romã para decorar o Beit Hamicdash e também tinha seu próprio pomar de romãs.

Na Parashá Tetsavê, a Torá descreve o me’il (túnica) do Cohen Gadol. Era enfeitada com sinos de ouro e romãs alternados. Está escrito no Talmud (Zevachim 88B) que as romãs eram bordadas com fios azuis, vermelhos e púrpuras. A bainha da túnica do Cohen gadol servia também para anunciar sua presença quando ele entrava no Santuário e para expiar pelo pecado de lashon hará (maledicência).

Rabi Moshê Alshich, um venerado rabino em Erets Yisrael que viveu no Século XVI, explicou que cada medida da fala (sino) estava cercada por duas medidas de silêncio (romãs), ilustrando a importância de pensar antes de falar.

Em outro local do Talmud, no final de Chagigá, o povo judeu é comparado às romãs. O Talmud explica que o versículo “Teu tempo é como um pedaço de romã…” (Shir Hashirim 4:3) é interpretado como significando “até os mais vazios entre vocês estão repletos de boas ações como a romã [repleta de sementes].”

Como apanhar e cortar uma romã
Procure uma fruta grande, com a casca dura, fina e inteira. Corte com uma faca que não seja de metal, pois o metal pode deixar o suco amargo. Tire fora a coroa da fruta e corte-a em quatro partes. Mergulhe em água por cinco minutos e então separe as sementes debaixo d’água. Isso permite que as sementes fiquem no fundo da vasilha e o sedimento suba ao topo. (Nota: O suco de romã pode causar manchas permanentes.)

O Poder Curativo das Romãs
O suco de romã é conhecido como um bom remédio para problemas estomacais. Quando o suco ou as sementes são tratados com óleo de amêndoas, podem ser usados para tratar dor no peito e tosse crônica. Seca e misturada com gengibre seco, com cominho e sal negro, a romã tem o poder de aumentar o apetite.

Fatores Nutricionais
A romã é conhecida como a “super fruta” por sua alta concentração de anti-oxidantes, sendo uma das frutas mais nutritivas.

A romã contém cálcio, potássio, ferro e fitonutrientes que ajudam a proteger o corpo contra doenças cardíacas, diabetes, artrite reumatóide e câncer. A romã também retarda o processo de envelhecimento, neutraliza os radicais livres e ajuda a eliminar as gorduras do trato digestivo.

Suco de Romã
O suco puro de romã tem todas as propriedades nutritivas da fruta. Quando comprar suco engarrafado, certifique-se que tem um selo casher confiável.

Embora o suco seja puro, sem aditivos, pode ter sido produzido numa fábrica onde há produtos não-casher que podem estar ou entrar em contato.

Romã, Quem Quer?

Os israelenses consomem cerca de 11.000 toneladas de romãs por ano – 6.000 toneladas entre Rosh Hashaná e Sucot, segundo um relatório do Ministério da Agricultura detalhando as quantidades consumidas de alimentos tradicionais de Rosh Hashaná antes dos Yamim Nora’im. O mel, outro produto principal, também tem um aumento no consumo ao redor dos Yamim Nora’im: o consumo de mel em Israel é de 3.500 toneladas, 40% das quais são ingeridas durante os chagim. Os israelenses compram cerca de 35m NIS de mel, somente durante os chagim.

Outra característica da época de Rosh Hashaná é a maçã. Segundo o Ministério da Agricultura, o israelense consome em media 125 maçãs por ano. Os pomares de maçãs em Israel produzem cerca de 110.000 toneladas da fruta.

Segundo a Associação dos Criadores de Peixes, o israelense em média consome cerca de 11 quilos de peixe por ano. Os chagim vêem 1.00 toneladas de carpa, 800 toneladas de tilápia e 300 toneladas de tainha consumidas, em oposição às 350, 500 e 200 toneladas (respectivamente) no restante do ano.A tilápia é o peixe mais popular durante o ano inteiro, seguida pela carpa e outros peixes marinhos. (Haaretz – em 2010)