Sem Ódio e sem Vingança
A Torá diz: "Não odeie seu irmão em seu coração." Todos os judeus são chamados "irmãos" e "filhos de D’us." Um irmão deve amar o outro e preocupar-se com ele.
Por que as pessoas às vezes se odeiam? Talvez não haja uma verdadeira razão. Este ódio é chamado de ódio por razão nenhuma, sin’at chinam.
Rezamos a cada dia pela vinda de Mashiach e para que o terceiro Bet Hamicdash seja reconstruído. Mas primeiro, devemos parar de ter ódio. Impedimos a vinda de Mashiach por causa de ódio sem motivo.
Mesmo se outro judeu enganar você, não deve odiá-lo. Esta é uma mistvá também: "Não podemos buscar vingança ou lembrar do mal que outro judeu nos causou."
É Uma Mitsvá Repreender Um Judeu Que Cometeu Uma Transgressão
Se você vir seu próximo fazendo algo errado, a Torá ordena que lhe mostre o caminho certo. Todos os judeus são responsáveis uns pelos outros. Se um judeu errou, é uma mitsvá ajudá-lo a parar de errar.
O mais importante sobre esta mitsvá é como você a executa. Ninguém gosta de ser repreendido. Isto é válido especialmente se você o insulta ou constrange pela maneira que lhe fala. Por isso, seja cuidadoso com o modo pelo qual o corrige.
Nunca o repreenda em público. E sempre reflita primeiro: "Como eu gostaria que me falassem se estou errado fazendo isso?" Se a outra pessoa perceber que você está tentando ajudá-lo, lhe dará ouvidos.
Não Devemos Procurar Vingança
A Torá nos ordena: "Não se vingue!"
O que é vingança? Agir com o próximo da mesma forma que ele agiu conosco. Devolver o mal se nos fez mal.
Exemplo: Fulana se recusou a emprestar um objeto pedido por sua vizinha.
Quando ela mesma precisou pedir algo para sua vizinha, esta replicou:
"Infelizmente não posso te ajudar ". (Ela pensou consigo: "Por que haveria eu de fazer por ela aquilo que ela se negou a fazer comigo?) Isto é proibido pela Torá.
Um judeu que busca vingança age como o açougueiro desta história.
Uma história - O Açougueiro que Buscou Vingança
Era um dia quente de verão. O açougueiro estava em sua loja, cortando grandes pedaços de carne. Pensava na ducha refrescante que tomaria após o trabalho. Mas enquanto sua mente divagava, a faca escorregou. Subitamente o sangue jorrou de sua mão esquerda. Por engano, havia cortado seu dedo médio. Ficou furioso.
"Sua mão direita idiota!" vociferou. "Por que me cortou? Vou vingar-me de você!"
Levantou o facão com a mão esquerda e cortou fora o dedo médio da mão direita.
O açougueiro agiu de forma ridícula. Cortando uma das mãos por ela ter machucado a outra, feriu ainda mais seu próprio corpo.
Um judeu que se vinga age da mesma forma. Todos os judeus são "um só corpo"; todos dependemos uns dos outros.
Não se Lembrar o Mal que o Próximo lhe Fez
A Torá não proíbe apenas a vingança. Também não podemos lembrar o mal que outro judeu nos causou. Isto significa não lhe expressar verbalmente e o fazer recordar este mal.
Exemplo: Fulana se recusou a emprestar um objeto para sua vizinha. Quando ela mesma precisou emprestar um objeto da vizinha, esta lhe disse: "Com certeza lhe emprestarei, apesar de você ter me negado quando lhe pedi".
A Torá nos ordena a não guardar rancor e ressentimento.
Há muitos tsadikim famosos que perdoaram aqueles que os insultaram ou lhes causaram mal:
- Yossef – Seus irmãos planejaram matá-lo e o venderam como escravo.Yossef, entretanto, não procurou vingar-se deles. Pelo contrário, providenciou comida para eles e suas famílias por toda a vida. Eis porquê é chamado de "Yossef, o tsadic."
- Moshê – Os judeus freqüentemente insultavam e enfureciam Moshê. Apesar disso, ele rezava a D’us por eles.
- Rei David – Era tão humilde que quando um homem (chamado Shimi ben Gueira) o amaldiçoou, disse aos servos: "Não quero que seja punido. D’us permitiu que ele me insultasse, portanto, devo merecer!"
- O sábio Hilel era famoso por jamais se aborrecer ou se ofender. Ensinou aos alunos a portarem-se da mesma maneira, também. Hilel foi recompensado com vida longa. Viveu até a idade de cento e vinte anos (bem como Moshê e Rabi Akiva).
Ame Seu Próximo Como a Si Mesmo
Sempre que tratamos o próximo da maneira que gostaríamos de ser tratados, cumprimos a mitsvá "Ame seu próximo" E sempre que cumprimos uma das mitsvot de fazer atos bons e gentilezas, como visitar pessoas doentes ou receber hóspedes, também cumprimos a mistvá "Ame seu próximo como a si mesmo."
Esta mistvá é muito importante. Quando D’us criou o mundo, Ele tinha em mente que as pessoas fariam chessed (bondade) umas para as outras. Assim, sempre que cumprimos a mitsvá de amar o próximo, D’us fica feliz e diz: "Estou orgulhoso deste judeu que ama o próximo. Ele age da maneira que Eu queria que todos agissem."
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