D'us ordenou a Moshê que colocasse uma menorá (candelabro) perto da mesa no Tabernáculo. Explicou a Moshê: "Será de ouro maciço e terá sete braços. Todos os braços terão três tipos de ornamentos:
- Taça
- Botão
- Flor
Toda a menorá, inclusive os ornamentos, deve ser feita de um bloco único de ouro sólido."
No alto de cada braço deveria haver uma lâmpada, um pequeno recipiente para conter o azeite e o pavio.
Moshê não sabia como fazer a menorá. D'us mostrou-lhe uma visão Celestial de uma menorá de fogo branco, vermelho, verde e preto. D'us também explicou-lhe sua construção. Não obstante, Moshê encontrou dificuldade em executar o comando de D'us.
Por isso, D'us disse a Moshê: "Tudo o que precisa fazer é atirar a barra de ouro no fogo. Dê-lhe um golpe com o martelo, e uma menorá pronta emergirá!" Moshê pegou um bloco de ouro, jogou-o no fogo e rezou: "Mestre do Universo! O ouro está no fogo! Faça com ele conforme Seu desejo!"
Imediatamente, uma menorá completa apareceu do fogo.
É assim que D'us tipicamente realiza milagres: primeiro, o Homem deve fazer o que pode, então D'us vem ajudá-lo. Similarmente, na abertura do Mar vermelho, D'us ordenou que Moshê abrisse as águas erguendo seu cajado. E foi apenas depois que Moshê o fez que D'us realizou o portentoso milagre. No Egito, e através dos anos, no deserto, Moshê realizou atos que resultaram em milagres. D'us é Quem realiza os milagres, porém Ele quer que o homem os inicie.
O Milagre da Luz do Meio da Menorá
Quando o cohen enchia as sete lâmpadas da menorá de azeite à tarde, vertia a mesma quantidade de azeite em cada uma. Na manhã seguinte, seis das luzes se haviam consumido, mas a luz do meio estava acesa. O cohen utilizava a luz do meio para acender as outras seis luzes. Então apagava a luz do meio e voltava a acendê-la. D'us milagrosamente mantinha constantemente acesa a luz do meio.
O que a Menorá Simbolizava
A menorá representava a sabedoria da Torá, que é comparada à luz.
Um judeu poderia crer que pode ser um fiel observante de mitsvot (preceitos), mesmo sem estudar Torá. Para ilustrar a falácia de tal raciocínio, Salomão comparou as mitsvot à luminárias. ("Pois a mitsvá é uma lamparina e a Torá é luz", Mishlê 6:23). Uma luminária não brilhará, a não ser que seja acesa. Similarmente, a pessoa não pode observar as mitsvot corretamente, a não ser que seu comportamento seja informado e iluminado pelo estudo da Torá. Àquele a quem falta conhecimento de Torá está fadado a tropeçar.
Um homem estava andando à noite num beco escuro e sombrio. Logo tropeçou numa pedra. Então caiu num poço aberto e teve diversas fraturas pelo corpo todo.
Somente aquele que estuda Torá porta uma brilhante luz que o alerta sobre os poços espirituais encontrados na jornada da vida.
É importante notar que a menorá ficava localizada fora dos Santo dos Santos. Isto demonstrava claramente que a arca e tudo que esta representa não requeriam luz. A Torá é sua própria luz.
A fim de obter ouro absolutamente puro para as menorot no Templo Sagrado, o Rei Salomão purificou o ouro mil vezes.
O Rei Salomão colocou dez menorot no Templo Sagrado, pois esta era a tradição que recebeu de Moshê. Havia, portanto, no total setenta lâmpadas no Templo Sagrado, pois cada menorá consistia de sete braços. Isto simbolizava que as setenta nações do mundo eram obrigadas a cumprir as Sete Leis de Nôach ordenadas por D'us à toda a humanidade.
O que Aprendemos do Fato que a Menorá foi Talhada de um Bloco Sólido
Toda a menorá, inclusive os braços e adornos, era talhada de um grande bloco de ouro.
Isto nos sugere que todas as explicações da Torá dadas por todos os sábios de todas as gerações, estão contidas na Torá que D'us ensinou a Moshê. Não há nenhuma explicação que os sábios posteriores tenham transmitido que não esteja de alguma forma sugerida na Torá. Os sábios posteriores apenas revelaram o que se encontra na Torá. Para nos ensinar este conceito, D'us ordenou que todos os detalhes da menorá fossem talhados no mesmo bloco de ouro.
Mais ainda, a exigência de que a tão intricada menorá seja moldada de uma única pepita de ouro simbolizava a indivisibilidade da Torá. A vida judaica deve ser construída sobre um conjunto de valores. Não pode ser uma miscelânea de componentes e peças separadas, enxertadas juntas para servir à conveniência de qualquer um. Todas as áreas da vida devem derivar do mesmo conjunto de valores.
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