O Tanya é a obra seminal da filosofia Chabad, de autoria de seu fundador, o Rabino Schneur Zalman de Liadi. Um pequeno livro com um impacto descomunal, o Tanya destila ideias cabalísticas profundas em conselhos práticos, traçando um roteiro factível para qualquer pessoa que tente servir a D’us.

Continue lendo para saber 16 fatos sobre um livro que transformou dezenas de milhares de vidas — e pode mudar a sua também.’

1. É a “Bíblia” da filosofia Chabad

O Tanya é a primeira e principal obra do Chassidismo Chabad. Ele estabelece as bases de uma filosofia abrangente que sonda as profundezas internas de D’us, do judeu e do judaísmo, ao mesmo tempo em que transmite essas ideias em termos que a mente humana possa compreender. Conforme declarou Rabi Yosef Yitzchak Schneersohn, o sexto Rebe Chabad: o Tanya é a “ Torá Escrita” do Chassidismo Chabad. 1

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2. Foi escrito pelo primeiro Rebe Chabad

O Tanya foi escrito por Rabi Schneur Zalman de Liadi, o primeiro Rebe Chabad, comumente conhecido como o Alter Rebbe. Este trabalho foi tão proeminente em sua vida e legado que ele é conhecido por muitos simplesmente como “ Baal HaTanya ”, autor do Tanya.

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3. Ele traça um caminho tangível para servir a D’us

O objetivo do livro fica claro assim que você lê a página título, onde o autor afirma que o Tanya é baseado no verso, “Está muito próximo de você [servir a D’us], em sua boca e seu coração fazê-lo.” 2 O objetivo do Tanya é explicar como está ao alcance de cada pessoa servir a D’us em pensamento, fala e ação (“coração”, “boca”, “fazer”). Além disso, você é capacitado a envolver suas emoções também (uma segunda implicação de “coração”), servindo a D’us com amor, admiração e alegria.

4. É um livro para a pessoa comum

Embora chamado de Tanya, o nome dado pelo autor é Sefer Shel Beinonim, traduzido livremente como “Livro do Homem Comum”. Em vez de um guia para indivíduos espiritualmente sintonizados, que aspiram alcançar vidas perfeitamente iluminadas (também conhecidas como tzadikim, justos ), o livro fala aos judeus comuns que lutam diariamente com seus impulsos mais básicos, mostrando como eles também podem servir a D’us. Na verdade, é a batalha constante com esses impulsos incessantes que são mais preciosos para D’us, criando prazer Divino insuperável pelo serviço do tzadik mais justo. 3

5. Sua forma atual é composta de 5 partes

Sefer Shel Beinonim é apenas a primeira das 5 seções do Tanya:

1. Sefer Shel Beinonim, “Livro do Homem Comum”, conselhos sobre como pessoas comuns podem servir a D’us em suas vidas cotidianas com seus corações e mentes.

2. Shaar Hayichud Veha’ emuná, “Portal da Unidade e da Fé”, sobre a unidade de D’us e seu lugar crucial na fé judaica.

3. Igueret Hateshuvá, “Carta sobre o arrependimento”, sobre o significado do verdadeiro arrependimento e como alcançá-lo.

4. Igueret Hakodesh, “Carta[s] de Santidade”, uma coleção de cartas do autor, muitas delas centradas na importância da caridade e seus imensos efeitos espirituais.

5. Kuntres Acharon, “Apêndice”, tratados cabalísticos que expandem temas abordados no Sefer Shel Beinonim.

A primeira edição do Tanya compreendia apenas as duas primeiras seções. Uma impressão posterior foi expandida pelo autor para incluir a terceira seção, enquanto as duas seções finais foram adicionadas por seus filhos postumamente.

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6. Possui vários nomes

O nome geral dado pelo autor às 3 primeiras seções do Tanya é Likutei Amarim, “Coleção de Ditos”, modestamente atribuindo os temas formulados internamente a seus professores e a trabalhos anteriores. Sefer Shel Beinonim é o nome específico que ele deu à sua primeira e mais amplamente estudada seção. Hoje, o livro como um todo é geralmente chamado de “Tanya”, após a primeira palavra do primeiro capítulo.

Outros nomes que já foram usados, mas que caíram no esquecimento, incluem: Sefer Ha’eitzot (“Livro de Conselhos”), Sefer Habirur (“Livro da Clareza”) e Sefer Ha’ avodá (“Livro do Serviço Divino”). 4

Leia: Por que é chamado de “Tanya”?

7. Ele introduz o modelo de duas almas

Uma das principais ideias do Tanya é que todo judeu não tem uma, mas duas almas: a nefesh habahamit, a alma “animal”, e a nefesh ha’Elokit, a alma Divina. Essa dicotomia é a fonte do cabo de guerra constante típico da consciência judaica. Enquanto uma parte de nós coloca nossos desejos, interesses, aspirações e ideais pessoais em primeiro plano, outra parte deseja simultaneamente sacrificar tudo isso diante de um Ser Superior.

8. Ensina como vencer emoções negativas

Ciente das realidades da vida como experimentadas pelo sujeito comum, o Tanya lida com as emoções negativas que todos nós conhecemos que ameaçam minar nossos esforços para servir a D’us. As principais entre elas são a culpa e a depressão, ambas tratadas longamente com uma análise surpreendentemente perspicaz da psique humana.

9. A primeira impressão é um item de colecionador

O Tanya foi impresso pela primeira vez, anonimamente — em 5557 (1797) em Slavita. Embora muitas cópias tenham sido publicadas, relativamente poucas resistiram ao tempo. A maioria das cópias restantes existe em bibliotecas, embora o escritor desta coluna tenha tido o mérito de ver e manter uma cópia em posse de um excêntrico, mas fascinante colecionador particular de antiguidade Judaica.

10. Mais de 8.000 edições foram publicadas

O Tanya é uma das obras mais populares da literatura judaica, com mais de 40 impressões somente na Europa pré-guerra. Em 5738 (1978) e depois novamente em 5744 (1984), o Lubavitcher Rebe, Rabi Menachem Mendel Schneerson, de abençoada memória, encorajou a impressão do Tanya em todos os locais do mundo onde há judeus. Até o momento, mais de 8000 edições foram publicadas, tornando o Tanya um dos livros mais prolificamente impressos em todos os tempos.

11. Suas traduções são tão diversas quanto o árabe e o braille

A popularidade do Tanya levou-o a ser traduzido para vários idiomas, incluindo inglês, iídiche, francês, espanhol, português, italiano, alemão, russo, árabe e muito mais. Ele foi até mesmo traduzido para braile, 5 fornecendo a mais ampla gama possível de acesso aos seus tesouros espirituais transformadores. Aqui no Chabad.org, há 3 traduções diferentes no inglês como opções a serem escolhidas..

12. É estudado diariamente e concluído anualmente

Em 5703 (1943), Rabi Yosef Yitzchak Schneersohn promulgou um cronograma anual de estudo no qual uma parte do Tanya é estudada diariamente, com todas as cinco seções concluídas a cada ano. O cronograma foi organizado de forma que a conclusão e o início subsequente coincidissem com 19 de Kislev, o dia em que o Alter Rebe foi libertado da prisão pelo regime czarista.

13. Mudou milhares de vidas

O estudo do Tanya não se limita de forma alguma aos seguidores do movimento Chabad. A relevância e eficácia de suas ideias são reconhecidas por dezenas de milhares de pessoas em todo o espectro da vida e observância judaica: chassidim e não-chassidim; asquenazim e sefarditas; observantes e não observantes; homens, mulheres e crianças. Se você ainda não estudou o Tanya, agora é a hora de começar!

14. Possui 53 capítulos

A primeira seção do Tanya é dividida em 53 capítulos. A tradição chassídica os vê como correspondentes às 53 leituras semanais da Torá, 6 bem como aos 53 dias de prisão do Alter Rebe. 7 O número 53 em hebraico soletra gan, “jardim”, talvez sugerindo o deleite espiritual obtido ao se aprofundar no livro.

15. Tem uma tremenda potência espiritual

Muitos benefícios surpreendentes foram atribuídos ao estudo do Tanya. Estudar o Tanya revela as facetas internas da alma, 8 purifica a atmosfera espiritualmente, 9 e provoca uma abundância de bênçãos e sucesso. 10

O Tanya é o antídoto para todas as doenças espirituais do nosso tempo 11 Um mestre chassídico, ao ver o Tanya pela primeira vez, exclamou: “Como o autor foi capaz de espremer um D’us tão grande em um livro tão pequeno?!” 12

16. Chabad.org está lançando um novo Tanya

Os estudiosos do Chabad.org, rabinos Tzvi Freeman e Levi Dubov, estão atualmente lançando um novo e inovador Tanya com tradução e comentários contínuos, escrito para o leitor do século 21 em mente.