A virtude de Gemilut Chassadim é uma parte tão intrínseca do Judaísmo que "se um indivíduo exibe impudência, crueldade ou misantropia, e não realiza atos de amor e bondade, pode-se suspeitar fortemente que ele não é de ascendência judaica; pois Israel, a nação sagrada, tem os três traços característicos de 'recato, misericórdia e amor-bondade' (Yevamot 79a)1."
Além disso, aquele que se ocupa somente com a Torá, à exclusão de Gemilut Chassadim, é como se ele não tivesse D'us2.
Repudiar Gemilut Chassadim é equivalente a repudiar nossa doutrina cardinal da existência de D'us.3 O repúdio a Gemilut Chassadim não apenas é repúdio à Torá (porque é ordenado pela Torá, e os dois estão intrinsecamente relacionados e são inseparáveis), mas também do status do homem no mundo. Isso presume uma negação da criação Divina e da implícita soberania de D'us sobre a Criação, pois foi ensinado: "Dê a Ele o que é d'Ele, pois você e tudo que é seu são d'Ele. Assim foi dito por David: 'Pois tudo vem de Ti, e de Ti mesmo nós Te demos' (I Crônicas 29:14)4.
Esta Mishná implica também que ao doar para os necessitados, ao realizar atos de amor-bondade, isso é, por assim dizer, como se a pessoa desse a D'us: tirando da fartura confiada por D'us às mãos do homem e dando a D'us através da ajuda concedida aos necessitados.
Notas:
1 - Maimônides, Hilchotissurei Bi'ah 19:17, e Matnot Aniyim 10:2. Cf. Betza 32b.
2 - Avodah Zara 17b.
3 - Cohelet Rabba 7:4; cf. Tossefta, Peah 4:20; Sifrøe, Re'ey, par. 117, Yalkut Shimoni, 11:64.
4 - Avot 3:7.
ב"ה
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