O falecido Rabino Jonathan Sacks não assistiu ao vídeo que circulou mostrando as soldadas israelenses sequestradas enfrentando os malditos terroristas. Ele não viu a ONU observar um minuto de silêncio em memória do presidente iraniano, nem o tribunal de Haia tratando da mesma forma os representantes eleitos de Israel e Sinwar (do Hamas) como criminosos de Guerra...

Mas aqui está o que ele escreveu anos atrás sobre a necessidade de encarar o mal de frente e reconhecer a sua existência: Tão atual como se tivesse sido escrito hoje.

"Nós, o povo do Ocidente, esquecemos o conceito de inimigo. Acreditamos que todo problema tem uma solução lógica, que um acordo pode ser alcançado. Mas, na realidade, nem todos são democratas. O inimigo é alguém que está disposto a morrer para matar você.

O inimigo é alguém que está disposto a morrer para matar você.

Daí a importância de um mandamento particular que aparece na Torá: ‘Lembra-te do que Amalek te fez no caminho, quando saíste do Egito... Apague a memória de Amalek debaixo dos céus. Não se esqueça!’.

Pensávamos que Amalek estava extinto e ficou no passado, mas depois vieram duas guerras mundiais, além da Shoá (Holocausto), o pior crime cometido pela humanidade contra humanos. E hoje o maior perigo é o terrorismo.

O mal nunca morre. Fomos ordenados a lembrar, não do passado, mas do futuro, e não da vingança, mas muito pelo contrário: da criação de um mundo sem vingança ou violência. Uma sociedade de atores racionais pode habituar-se a pensar, erradamente, que o mundo está cheio de atores racionais com os quais podemos negociar a paz. Nem sempre é assim!

A Torá envia aqui uma mensagem muito relevante para o futuro do Ocidente e da própria liberdade: a liberdade depende da nossa capacidade de lembrar o rosto de Amalek, que sempre acompanhou a história e, se necessário, de combatê-lo também."