Na véspera de 18 de Iyar, a trigésima terceira (em gematria, 33 = lamed-gimel, "lag") da Contagem do Ômer em 5683 (1923), como todos os anos, uma enorme multidão se reunia no edifício em Meron que cercava os túmulos do Rebe Shimon Bar Yochai e seu filho. A imensa fogueira anual emanava calor e fumaça, irradiava uma luz que podia ser vista até as ruas de Sfat e lançava sombras sobre o círculo de chassidim e os principais membros da comunidade que dançavam energicamente à sua frente. Todos os outros homens ficavam de lado e cantavam e batiam palmas com entusiasmo ao ritmo pulsante das canções tradicionais de Lag BaOmer. Abaixo, no grande pátio, as mulheres e crianças também cantavam e se alegravam, em homenagem ao Rebe Shimon Bar Yochai.
Lag B'Omer é o aniversário de falecimento, há mais de mil e oitocentos anos, do renomado sábio Mishnaico e principal cabalista, Rebe Shimon Bar Yochai, cujos ensinamentos compreendem o texto do principal livro-fonte da Cabala, o Zohar. (Isso, claro, é um acréscimo ao seu significado haláchico como uma cessação nas observâncias de semi-luto que ocorrem entre Pêssach e Shavuot.)
O yahrzeit é celebrado com grande alegria de acordo com os desejos expressos registrados pelo próprio Rebe Shimon. Relatos escritos de mais de quinhentos anos atrás citam a tradição e a grande virtude de frequentar o túmulo na cidade de Meron, situada no norte da Galiléia em Israel.
O yahrzeit é celebrado com grande alegria de acordo com os desejos expressos registrados do próprio Rebe Shimon. Relatos escritos de mais de quinhentos anos atrás citam a tradição e a grande virtude de frequentar o túmulo na aldeia de Meron, situada no norte da Galiléia de Israel.
O yahrzeit é celebrado com grande alegria de acordo com os desejos expressos registrados do próprio Rebe Shimon. Relatos escritos de mais de quinhentos anos atrás citam a tradição e a grande virtude de frequentar o túmulo na aldeia de Meron, situada no norte da Galiléia de Israel.
Sábios e pessoas comuns atestam que qualquer um que rezar a D'us sinceramente nesse local em Lag B'Omer certamente será respondido no mérito de Rebe Shimon. Há relatos de muitos que não possuiam filhos, de pobres e de gravemente enfermos que fizeram essa peregrinação até lá e encontraram a salvação.
Como sempre, as "estrelas" das festividades de Lag B'Omer naquele ano foram os garotinhos de três anos, cujos pais orgulhosos os trouxeram para fazer seus primeiros cortes de cabelo e modelagem de peyot no túmulo do Rebe Shimon em "seu dia". . À medida que os filhos eram transferidos dos braços das mães para os ombros dos pais, as tesouras eram passadas para parentes, amigos e espectadores, para que todos pudessem compartilhar o mérito de cortar os longos fios e cachos, deixando o peyot intocado.
Como sempre, as "estrelas" das festividades de Lag B'Omer naquele ano foram os garotinhos de três anos, cujos pais orgulhosos os trouxeram para fazer seus primeiros cortes de cabelo no túmulo do Rebe Shimon em "seu dia". . À medida que os filhos eram transferidos dos braços das mães para os ombros dos pais, as tesouras eram passadas para parentes, amigos e espectadores, para que todos pudessem compartilhar o mérito de cortar os longos fios e cachos.
Naquele ano, Lag B'Omer caiu em uma noite de quinta para sexta-feira. Depois do meio-dia de sexta-feira, a maioria dos visitantes de Tiveria, Tsfat, Haifa e outras cidades da Galiléia partiram para suas casas para chegar antes do início do Shabat. Muitos que vieram de cidades mais distantes, especialmente de Jerusalém, optaram por permanecer para o Shabat, sabendo que o dia sagrado emergindo de Lag B'Omer na presença de Rebe Shimon seria uma ocasião extraordinária.
Na noite de sexta-feira, todos rezaram juntos, e a santidade e a alegria do espírito do Shabat eram palpáveis. Em seguida, todos foram para seus alojamentos, onde o prazer do Shabat continuou inabalável durante as refeições da noite.
No início da manhã de Shabat, assim que os primeiros raios de sol se infiltraram no céu, os homens se reuniram em grandes grupos para descer o vale até o pequeno lago Meguido, onde mergulharam para se preparar para Shacharit. Muitos sefaradim chegaram ao local do túmulo para o minyan ao nascer do sol. Depois deles, os minyanim "regulares" ocoreram e, finalmente, os chassidim chegaram para o turno da manhã. Depois, quando eles também voltaram para a grande área das refeições, o canto feliz dos que chegaram mais cedo não deixou dúvidas de que o espírito da alegria do Shabat continuava a se expandir a cada momento que passava.
Mas então, um lamento alto e amargo quebrou a atmosfera da alegria do Shabat. Um garotinho, que veio com a mãe para o primeiro corte de cabelo, inexplicavelmente adoeceu e parou de respirar. O socorro foi acionado imediatamente, mas sem sucesso. Ele estava morto, e sua mãe desesperada estava gritando incontrolavelmente. Todas as mulheres ao seu redor estavam chorando também.
A notícia espalhou-se rapidamente e quase instantaneamente, a melancolia substituiu a exuberante alegria. A cantoria parou, os dançarinos congelaram; os gritos altos da mãe perfuravam todos os corações.
Antes que eles pudessem se recuperar do choque, um novo fato ocorreu. A polícia do Mandato Britânico designada para manter a ordem de repente, sem qualquer aviso, trancou os portões do pátio. Eles então anunciaram que eram obrigados a tomar essa precaução porque talvez a doença que havia atingido a criança fosse altamente contagiosa, e eles eram obrigados a fazer todo o possível para impedir que ela se proliferasse.
O desespero se espalhou. Muitas famílias foram divididas pelo portão com cadeado; numerosas criancinhas foram separadas de seus pais. A polícia britânica não pareceu se importar e fez ouvidos surdos a todos os apelos. Massas de judeus estavam sendo impedidas de chegar ao Rebe Shimon no dia de sua celebração.
Os judeus atordoados ainda dentro se aproximaram do túmulo, para expressar seus corações esmagados em fervorosa oração. De repente, a multidão assim como na abertura do Mar de Juncos, abriu um caminho milagrosamente. A mãe enlutada estava cambaleando determinada em direção ao lugar do Rebe Shimon, carregando seu filho morto em seus braços.
A visão foi o suficiente para partir todos os corações. Alguns suspiraram, alguns choraram, outros acenaram com a cabeça como se demonstrassem compreensão e empatia.
A mãe dirigiu-se até o túmulo. Colocou o filho no chão. Aparentemente inconsciente de todas as pessoas ao seu redor, em uma voz trêmula, ela falou em meio às lágrimas: "Oy! Tsadik! Eu, sua humilde serva, vim aqui para honrá-lo. Só você sabe que ao trazer meu filho aqui para você, eu estava cumprindo o voto que fiz neste local há quatro anos, antes de merecer ser mãe pela primeira vez.
Ontem nós o introduzimos com alegria e canções na mitsvá de ophshernish, [corte de cabelo]. E agora, ai de mim! Como posso ir para casa sem meu filho!?"
Todos os presentes sufocaram seus soluços. Ninguém se atreveu a fazer um som que pudesse interferir com as suas palavras.
A mãe parou de chorar. Ela se endireitou e respirou fundo. Com uma voz firme e clara, ela pronunciou: "Rebe Shimon! Eu coloquei meu filho no chão ao seu lado, morto. Por favor, não me decepcione. Devolva meu filho para mim vivo e saudável como ele estava quando eu o trouxe aqui para ti. 'Yitgadal v'yitkadash shmei rabá' - 'Exaltado e abençoado é o Seu grande nome', e também o nome do Rebe Shimon Bar Yochai. Todos sabem que você é santo e Ele, nosso D'us, é santo. Por favor, devolva o meu filho!"
Ela parou de falar, então girou e saiu da estrutura construída ao redor da tumba. Todas as outras pessoas presentes a seguiram. Eles fecharam a porta atrás deles, deixando a criança morta para trás, sem vigilância.
Alguns minutos se passaram. De dentro, atrás das portas fechadas, uma voz fraca foi ouvida. "Mamãe, mamãe! Água. Estou com tanta sede."
Todos ficaram paralisados, tremendo com emoções conflitantes de medo e descrença, de choque e deleite. A mãe irrompeu pelas portas e pegou o filho nos braços. Todos correram e os cercaram, e espontaneamente explodiram com o coração transbordando: "Bendito é Ele que revive os mortos!"
Os médicos locais que posteriormente examinaram a criança anunciaram maravilhados que não era uma ocorrência natural ou um incidente normal, mas sim um milagre que deve ter acontecido por mérito do grande rabi Shimon Bar Yochai.
Os soldados britânicos estavam perplexos e reabriram imediatamente os portões do pátio. A multidão de judeus impacientes do lado de fora retornou. Quando ouviram sobre o grande milagre que acabara de acontecer, a ação de graças e a celebração se multiplicaram.
O som de seu canto entusiasmado com a canção mais popular: "Bar Yochai" (composta pelo cabalista, Rabi Shimon Labia há aproximadamente 450 anos) podia ser ouvido a quilômetros de distância - e, sem dúvida, penetrou até os mais altos céus, incluindo a celestial morada de Rebe Shimon.
"Bar Yochai, nimshachta ashrecha, shemen sasson meihavarecha" - " "Bar Yochai, afortunado é você, ungido com óleo alegre acima de seus companheiros."
Nota do editor: Quando emigrei para Tsfat em 1978, muitos residentes mais velhos estiveram presentes neste incidente em Meron, ou ouviram falar sobre isso de pais e avós que estiveram lá – YT
Adaptado da Sichat HaShavua #281 e suplementado de outras fontes escritas e orais; publicado pela primeira vez em inglês na revista Kfar Chabad.
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