NOVA YORK — Em ônibus de dois andares e vagões de metrô lotados, 2.500 jovens judeus animados de 650 grupos Cteen Chabad-Lubavitch se reuniram na Times Square de Manhattan para um concerto após uma cerimônia de havdalá marcando o final do Shabat. A exibição em massa de orgulho judaico de sábado à noite foi o culminar do retiro anual de fim de semana do CTeen, quando milhares de adolescentes – de 26 países e 400 cidades – de Paris ao Rio de Janeiro – encontram muita inspiração judaica, aprendizado e amizade.
Em uma mistura de vários idiomas, os adolescentes percorriam as ruas da cidade, cantando refrões de orgulho e conexão judaica, enquanto se dirigiam para a área cercada da Times Square. O tema da noite, "Sempre, onde quer que seja", começou com um grupo diversificado de adolescentes, cada um compartilhando sua história de 'fazer judaísmo' em qualquer ambiente em que se encontrem, seja para Eli Rosin de San Antonio, Texas, na quadra de tênis com sua kipá ou Jac Copeland de Skokie, Illinois, um aspirante a chef adaptando suas receitas para seguirem as regras de cashrut, a dieta judaica.
Enquanto os adolescentes se aglomeravam na praça em uma mistura de cores - meninos de um lado, meninas do outro - ombro a ombro com a energia da do cantor de músicas chassídica, Beri Weber, misturando a multidão de bandeiras nacionais —Israel, Union Jack, Argentina, Ucrânia, Brasil — em uma massa coesa de orgulho judaico internacional. Do lado de fora da praça, espectadores paravam e observavam, alguns até dançavam em um clima contagiante.
Discursando na 14ª convenção anual do CTeen, o rabino Moshe Kotlarsky, vice-presidente do Merkos L'inyonei Chinuch—braço educacional de Chabad—falou sobre os princípios que orientam a filosofia chassídica Chabad sehguindo a vontade do Rebe—Rabi Menachem M. Schneerson, de abençoada memória— para que fosse divulgado onde quer que haja judeus. Kotlarsky então concluiu cerimonialmente a impressão de um Tanya ali mesmo na Times Square.
O impacto que a convenção CTeen tem sobre os adolescentes dura muito mais do que um final de semana. Para alguns, começa antes mesmo de pisarem em Nova York. Um adolescente de Houston desistiu de sua posição no time de Lacrosse depois que seu treinador lhe disse que ele teria que desistir da convenção do CTeen ou perder seu lugar no time. Mas para muitos, a energia, inspiração e união que eles vivenciam em dois dias são catalisadores para um compromisso judaico de longo prazo. “O que estou levando para casa comigo, o que decidi, é que na noite anterior ao meu casamento quero ir ao micvê”, Elliana Tesler, 15, de St. Johns, Flórida, conta ao Chabad.org sobre sua determinação de criar um lar judaico para a próxima geração.
Tesler destacou o que mais a impressionou nesse encontro foi “conhecer pessoas diferentes, de diferentes origens e ter uma coisa em comum, que somos todos judeus e nos conectamos com elas em um nível religioso”.
Sua amiga, Auriel Henderson, de 16 anos, outra adolescente do CTeen de St. Johns, diz que gostaria de trazer o espírito do Shabat que experimentou em Nova York para sua família ao voltar. “Na minha casa, nem sempre acendemos velas de Shabat e fazemos Shabat”, diz Henderson. “Gostaria de trazer isso para casa e começar a praticar com minha família e celebrar mais nosso judaísmo.”
Entre o barulho e gritos de garotas animadas gritando o refrão: “I am proud to be a jew”, Tenho orgulho de ser judeu!” Gabby Vainshelboim, 15, uma terceira menina de St. Johns, diz que o que a impressionou foi “ver tantos judeus, todos juntos em um só lugar. É algo que você nunca vê, especialmente vindo de uma pequena comunidade como eu. Isso realmente trouxe a comunidade judaica até mim.”
Shane Goldstein, de Charlotte, Carolina do Norte, diz que deixou sua cidade natal “meio apreensivo em usar uma kipá em público. E agora, vou voltar sem esses sentimentos.” Goldstein diz que adorou cada momento do fim de semana. “Estava lotado. Fomos de um lugar para outro, passear com seus amigos é a melhor coisa. Nunca ficamos entediados. Pudemos ver todas essas pessoas incríveis. Foi muito bom.” O que ele mais gostou, porém, foi o show na Times Square. “Invadimos o centro de uma das maiores cidades do mundo para festejar esse grande encontro.”
Voltando de metrô para o bairro Crown Heights no Brooklyn, onde o programa continua, Shai Kaszynski, 16, e Walter Belenkiy, 15, ambos de Deerfield, Illinois, compartilharam suas experiências. “Estou me divertindo muito”, Kaszynski ri, enquanto está no vagão lotado do metrô cheio de adolescentes. "Foi louco; havia tantos adolescentes lá, todos compartilhando a mesma experiência.” Ele diz que levará esse “orgulho externo de ser judeu” para casa usando uma kipá na escola.
“Gostei muito de toda a experiência do Shabat, ouvindo todos os palestrantes; foi realmente inspirador”, diz Belenkiy. Ele diz que saiu mais conectado do que nunca, “com o compromisso em cumprir mitsvot.
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