Acontecimento Histórico
A revelação no Sinai não foi dada como uma profecia para um ou alguns indivíduos, e sim foi uma aparição pública, quando D’us Se revelou para uma nação inteira, testemunhada por mais de três milhões de pessoas. Em outras palavras, a Outorga da Torá é um fato histórico comprovado, mais do que qualquer outra ocorrência antiga.
Fazer sem Entender
Quando D’us perguntou se o povo queria a Torá, obteve uma resposta afirmativa: “Faremos e entenderemos.” Isso quer dizer que assumimos a responsabilidade de “fazer” antes mesmo de “entender”, ou seja, muitas vezes encontramos situações para as quais não temos uma resposta ou explicação compreensiva, mas nem por isso devemos deixar de cumprir a Torá.
Não é tão importante para nós entendermos o porquê D’us deseja algo e sim compreender o que Ele quer de nós. Ele deseja que entendamos o máximo que pudermos, e somente assim conseguiremos servi-Lo por completo. Mas ao mesmo tempo devemos primeiramente admitir que nunca poderemos assimilar totalmente o motivo Divino.
A Fusão do Físico e do Divino
O misticismo judaico define como missão da Torá trazer os Céus à Terra, ou seja, fazer com que a santidade permeie este mundo físico e mundano para que a Terra se torne uma morada e um santuário para D’us.
A Cabalá ensina que Ele criou o mundo por meio de um processo “de cima para baixo”. Em outras palavras, D’us gerou o mundo espiritual e subsequentemente o mundo físico e material em que habitamos. Como o propósito é sempre o último que surge, concluímos que nossa meta principal é aqui mesmo, neste mundo físico, seguindo as orientações da Torá e, assim, trazendo santidade e Divindade à Terra.
Todos os seres humanos têm alguma parceria nessa missão, e é por isso que a Torá também tem instruções para toda a humanidade. Todos devem contribuir para a Missão Universal, cada um de sua maneira única.
Somos Todos Realmente Iguais?
O judaísmo acredita que somos igualmente relevantes e essenciais para o propósito universal, cada um com sua contribuição específica.
A religião judaica não procura converter pessoas, pois acredita que cada ser humano tem um papel distinto na missão cósmica. Não precisamos ser todos iguais para sermos equitativamente importantes.
A Torá: Um Guia para o Relacionamento com D’us
Como mencionado anteriormente, na Revelação no Sinai D’us nos transmitiu nossa missão, que é cumprir os preceitos da Torá conhecidos como mitsvot (plural de mitsvá).
A palavra mitsvá é normalmente traduzida como “mandamento”, mas apenas com essa tradução não conseguimos obter o seu sentido completo. Ela também significa “conexão”, e na Cabalá é sinônimo de “Vontade Divina”.
Isso quer dizer que D’us tem uma vontade, ordenandonos que cumpramos esses “mandamentos” para que tenhamos a oportunidade de nos conectar a Ele.
A palavra Torá é traduzida como instrução e orientação. Consideramos a Torá e as mitsvot um guia para termos uma vida íntegra e significativa ligada ao Criador, cumprindo a Sua vontade.
Ela foi inicialmente transmitida na forma de Dez Mandamentos, aqueles entre o homem e D’us e entre o homem e seu semelhante, gravados nas Duas Tábuas da Lei. Estes resumem as 613 mitsvot, englobando as positivas (o que fazer) e as negativas (o que evitar).
Em seguida, Moisés escreveu o restante da Torá na medida em que D’us foi ditando-lhe. Ela foi meticulosamente preservada por mais de 3.333 anos em todas as comunidades judaicas através dos rolos de pergaminho presentes nas sinagogas ao redor do mundo, todos com textos idênticos.
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