Era uma noite fria de sábado, o ano 1974. Noite de Chanucá. O Rabino Chabad Lubavitch Abraham Shemtov teve a ideia incomum de acender uma grande chanukiá bem em frente ao Independence Hall na Filadélfia, que abriga o Sino da Liberdade, o ícone da liberdade americana.
A chanukiá era feita de madeira; ele a havia esculpido com a ajuda de alguns alunos visitantes da yeshivá. Quase ninguém estava no Independence Hall naquela noite para testemunhar o acendimento, mas aquela simples chanukiá de um metro de comprimento foi a semente da qual milhares de chanukiyot públicas brotaram em locais públicos e privados nos Estados Unidos e no mundo inteiro.
O próximo grande acontecimento foi em 1979, quando Shemtov colaborou com Stuart Eizenstat - o principal conselheiro de política interna do presidente Jimmy Carter e diretor executivo da equipe de política interna da Casa Branca - para providenciar a colocação de uma chanukiá no gramado da Casa Branca. Apesar do fato de que Carter estava atribulado nas primeiras semanas da crise de reféns iranianos, ele propositalmente caminhou da Casa Branca para a chanukiá, onde acendeu o shamash - a vela auxiliar da qual as outras são acesas - e compartilhou o momento com uma multidão.
Ao longo das décadas seguintes, o número de chanukiyot e o tamanho de seu alcance continuou a florescer. Estima-se que cerca de 15.000 chanukiyot são acesas publicamente por Chabad em todo o mundo. Entre las, uma das maiores fica em frente à Torre Eiffel, no centro de Paris, que atraiu até 20.000 judeus franceses.
Em 1991, na presença de aproximadamente 6.000 judeus, o antigo ativista clandestino Chabad, Avraham Genin, acendeu uma chanukiá gigante dentro do Palácio de Congressos do Kremlin. Em 2013, a chanukiá mais alta da Europa foi acesa na primeira noite de Chanucá no Portão de Brandemburgo, Berlim, Alemanha, local que já foi símbolo do racismo e ódio do partido nazista. Milhares de pessoas compareceram à cerimônia pública, incluindo dignitários locais.
“Trazer luz para lugares de escuridão é a mensagem de Chanucá”, declarou o sheliach de Chabad de Berlim, Rabino Yehuda Teichtal. “Não há maior contraste do que acender uma menorá aqui - no lugar que já foi a epítome da escuridão - e agora inundá-lo com a essência da luz.”
O Rabino Sacks costumava dizer que os não-judeus respeitam os judeus que respeitam seu judaísmo, e os não-judeus ficam constrangidos com os judeus que ficam constrangidos com seu judaísmo.
Chanucá é uma época em que temos orgulho de levar nosso judaísmo à esfera pública. Não estamos tentando impor nossas ideias ao mundo não judaico, apenas esperamos expor ao mundo à beleza do Judaísmo, para que todos possam se beneficiar de sua luz.
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