Pinchas filho de Elazar, o filho de Aharon o Cohen, desviou Minha fúria de Bnei Yisrael ao Me vingar zelosamente na presença deles, portanto não destruí Bnei Yisrael por causa do Meu Zelo (Bamidbar 25:11).
As heróicas ações de Pinchas ao matar o líder de Shimon e a princesa midianita, desviaram a fúria de D'us do povo judeu. Em recompensa, D'us concedeu a Pinchas o sacerdócio (kehuná), para ele e seus descendentes.
Como Pinchas, Moshê salvou o povo judeu da ira de D'us em muitas ocasiões. Porém, não encontramos que Moshê foi recompensado com qualquer recompensa “hereditária” semelhante. Na verdade, até o pedido de Moshê de que seus filhos deveriam herdar sua posição foi explicitamente negado por D'us. Por que a recompensa de Pinchas foi ainda maior que a de Moshê?
A resposta é que Moshê e Pinchas diferiam em seus modos de operação. Moshê salvou o povo judeu por meio da prece: ele implorou a D'us para perdoar os pecados deles e retrair as duras punições que eles enfrentavam. Pinchas, porém, salvou o povo judeu através das suas ações. Ele heroicamente matou o líder pecador de Shimon e a princesa midianita, e ao santificar o nome de D'us perante todos de Israel ele deteve a praga mortal. Enquanto Moshê salvou o povo judeu através da sua intervenção no Alto, Pinchas os salvou através dos seus esforços para elevá-los daqui de baixo.
Uma distinção semelhante entre eles é que Moshê colocou sua vida espiritual– seu vínculo com a Torá – em jogo para salvar o povo judeu; ele desafiou D'us a perdoar o povo, e “caso contrário, apaga-me agora do Seu livro, que escreveste” (Shemot 32:32). Pinchas, porém, arriscou sua vida física para deter a praga. Ele se expôs a risco mortal, entrando no território da tribo de Shimon e matando seu líder.
Portanto, assim como as ações de Pinchas eram muito mais “mundanas” e no mundo físico em comparação com as de Moshê, também a recompensa de Pinchas estabeleceu o sacerdócio firmemente “para ele e seus descendentes após ele, um pacto eterno.”
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