Por Iehiel Moscovitch – Extraído das Sichot do Rebe

Nessa Parashá consta o famoso versículo: "Pois o homem é uma árvore do campo", onde o homem é comparado a uma árvore. Daqui aprendemos sobre a Festa das Árvores (Tu Bishvat). Tudo isso nos mostra que existe uma relação profunda entre o homem e a árvore.

Isso desperta uma dúvida. O homem é o auge da criação da mundo. A árvore, por outro lado, pertence ao reino vegetal, abaixo do reino animal. Por que então, justamente a árvore foi escolhida para ser comparada ao homem? Deve ter algo especial nos vegetais para que sejamos comparados a eles.

O que faz do vegetal algo distinto é a constante conexão com sua fonte de vida, a terra. Os animais e seres humanos, também são nutridos pela terra. Entretanto, não precisam estar constantemente ligados as suas origens. Já o vegetal, se arrancado da terra que lhe provê vida e energia, perece e apodrece.

As árvores expressam isso de maneira mais forte, pois aguentam e continuam firmes, mesmo com a mudança das estações, e produzem frutos ano após ano. Daqui vemos a força do elo entre a árvore e a terra, que mesmo com grandes mudanças climáticas, permanece firme e forte.

Da mesma forma nós, judeus, não podemos nos desconectar de nossa fonte e essência, D'us. Nossa fonte de energia e vitalidade é a Torá, de onde extraímos nossas forças. E assim como uma árvore, mesmo sendo cortada, sua raiz permanece na terra, mesmo que um judeu esteja distante da Torá e mitsvot, sua raiz continua intacta e conectada a D'us.

Mas não basta apenas reconhecermos isso. Nós devemos sentir essa ligação que temos com D'us e tentar aprofundá-la. E isso é feito através da nossa dedicação ao estudo da Torá e a prática das mitsvot, que são os elos que nos conectam a Ele.