Um Mestre Chassídico, Rabino Simcha Bunim de Pshische estava andando ao longo da margem de um rio na cidade de Dantzig, quando viu um homem nadando nas águas pacificas.
De repente, um vento forte formou ondas altas que se levantaram e o pegou de surpresa fazendo com que perdesse o equilíbrio. Ele gritou: “Ajude-me, estou afundando!” Os gritos estridentes partiram o coração do Rabino Bunim, mas ele não sabia nadar, e não havia ninguém próximo nem distante que pudesse vir socorrê-lo. O homem lutou e esforçou-se para manter e salvar sua vida, mas a água lhe cobria tirando qualquer força remanescente. Rabino Bunim viu o homem sucumbir, prestes a morrer. Então gritou para ele com toda a sua força: “Meu querido amigo! Quando você estiver lá embaixo nas profundezas do rio, mande minhas calorosas saudações ao Leviatan [baleia gigante que ronda as profundezas das águas e está ligada com a vinda do Mashiach]!”
O judeu que estava prestes a se afogar não aguentou aquele comentário, tão fora de contexto e explodiu em risos. Essa expressão repentina de alegria lhe gerou novas energias. Com vitalidade refeita, ele nadou com suas últimas forças e conseguiu atingir a margem.
Esta história pode ser usada como metáfora para cada um de nós. A vida consiste numa jornada complicada através de ondas turbulentas e geralmente sentimos como se estivéssemos afundando nos desafios que nos circundam.
Um elemento fundamental que pode nos garantir sucesso em fazer as escolhas certas na nossa vida é manter uma atitude positiva e alegre. O toque do Shofar em Rosh Hashanah representa o modelo para alcançar esse tipo de plenitude em nossas vidas.
Todo indivíduo comete pecados. Erramos conscientemente ou inadvertidamente, em momentos de exaustão, em tempo de stress ou mesmo em dias ensolarados comuns. O Rei Salomão diz: “Não existe Tsadik na terra que faça apenas o bem e não tenha algum pecado.” As vezes falamos ou fazemos coisas que machucam outros, e momentos depois, nos sentimos culpados.
O sagrado Mestre Rabino Aharon de Karlin observou: a arte habilidosa da nossa inclinação interna para transgredir (Yetser Hara) não atua persuadindo a pessoa a pecar; mas sim fazendo a pessoa deprimir-se depois de pecar.
O antídoto é isolar essa sensação de tristeza e restringi-la a alguns momentos específicos. Você pode se sentir mal por ter feito algo errado, mas somente em determinado momento, de forma ativa, e não passiva. Então o próximo passo é ir em frente, pedir perdão sincero a D’us, e ser perdoado por Ele. Então vira-se a página, e começa-se um novo capítulo na vida.
O sagrado mestre Rabino Zushe de Anipolia disse certa vez: “Quando eu chegar diante do trono celestial, não tenho medo que me perguntem por que não fui tão bondoso como nosso patriarca Avraham, porque não sou Avraham. Também não receio ser comparado ao nosso grande líder Moshé, pois não fui Moshé.
O que temo então? Meu temor sacode meu corpo ao pensar que o Tribunal Celestial possa me questionar: ‘Zushe! Por que você não foi tão bom como Zushe?”
Que possamos ser cada um de nós o nosso próprio máximo, usar nosso potencial máximo neste mundo com realizações positivas e relevantes.
Um ano bom e doce, repleto de alegrias a todos! Le shaná tová umetucá, ketivá vechatimá tová!
Clique aqui para comentar este artigo