"Ele desposou Rivka, ela tornou-se sua esposa, e ele a amou"
- Bereshit 24:67

O que é amor?

Na porção da Torá desta semana, ouvimos que Yitschac casou-se com Rivka e então ele a amou. Parece fora da seqüência a que estamos acostumados. Não seria mais lógico para Yitschac primeiro amar Rivka e depois casar-se com ela?

Talvez possamos aprender uma lição sobre o amor das ações de Yitschac. Na sociedade de hoje, dizemos a palavra "amor" de forma tão informal e banal. Usamos o termo indiscriminadamente, tornando-o sem sentido. Conte o número de vezes que você diz a palavra "amor" durante um dia, e ficará surpreso. Frases do tipo : "Amei aquele vestido" ou "Amo sorvete de chocolate com calda quente" são ouvidas a todo momento. Mas na verdade, pode-se amar um objeto inanimado? Mesmo se dizemos amar uma pessoa, outro ser humano, nós o amamos realmente pelas razões certas? Ou idealizamos nossa própria definição de amor ao pensar: amo-a porque é linda", ou "amo-o pelo dinheiro que tem"?

Yitschac nos está lembrando do verdadeiro significado do amor. Muitas vezes, as pessoas se apaixonam, casam-se, e o relacionamento começa a azedar a partir daí. Yitschac nos ensina que ao invés de sermos apanhados pelo amor, deveríamos construir o amor. Um relacionamento entre marido e mulher deveria ser dinâmico. Não deveríamos "mergulhar" no amor, e depois vê-lo cair de intensidade. Este versículo nos diz que quando Yitschac se casou, o amor estava apenas começando. Seu amor por Rivka crescia a cada dia, não conhecendo amarras ou limitações. Seu amor era real; não era estático, nem tornou-se murcho, dependendo do que Rivka estava vestindo ou das circunstâncias em que estivessem. Era um amor duradouro, um amor que deveríamos tentar imitar.