Os mandamentos descritos na Parashá Acharê Mot , seguem cronologicamente as mortes trágicas dos dois filhos mais velhos de Aharon, Nadav e Avihu, sobre as quais lemos na Parashá Shemini há algumas semanas.
A porção desta semana começa com uma longa descrição do serviço especial de Yom Kipur, a ser realizado no Mishcan pelo Cohen Gadol. O serviço incluía a confissão do Cohen Gadol em seu próprio nome e em nome de toda a nação; a seleção por sorteio entre duas cabras, uma das quais seria a oferenda pelo pecado nacional, e a outra seria empurrada de um penhasco no deserto, como portadora dos pecados do povo; e as complicadas cerimônias de aspersão de incenso e sangue a serem realizadas no Codesh HaKedoshim (Santo dos Santos).
Seguindo a ordem de que Yom Kipur e suas leis de jejum e abstinência de trabalho seriam observadas eternamente pelo povo judeu como um dia de perdão, a Torá proíbe a oferenda de corbanot fora das instalações do Mishcan. O sangue não pode ser ingerido, e durante o processo da shechitá (abate ritual), uma porção do sangue derramado deve ser coberta. A porção da Torá conclui com uma lista dos relacionamentos sexuais imorais e proibidos, e a ordem de que o povo judeu mantenha e assegure a santidade da terra de Israel.
Kedoshim inicia-se com a ordem de D’us para toda a nação de Israel para ser santa, imitando a suprema santidade do próprio Criador. A Torá prossegue delineando uma infinidade de mitsvot através das quais podemos atingir a santidade, abrangendo uma grande variedade de assuntos, tanto mandamentos positivos como inferências negativas, lidando com nosso relacionamento ímpar com D’us e com nosso próximo.
Recebemos ordens de temer nossos pais, guardar o Shabat e abstermo-nos da adoração de ídolos. D’us nos instrui a deixar vários presentes de nossa colheita para os pobres e oprimidos, incluindo o canto dos campos e os feixes que caíram por acaso ao serem juntados. Devemos manter a justiça, fazer negócios honestos com nossos vizinhos, não praticar a maledicência, e de forma geral ter pelos outros a mesma consideração que temos por nós mesmos.
Segue-se uma descrição de várias categorias de kilayim (misturas proibidas) – hibridação de animais e plantas, e vestir shatnez (uma mistura de lã e linho em uma rmesma peça de roupa) – a Torá discute orlá, a proibição de consumir frutas nos primeiros três anos após o plantio de uma árvore. A porção continua com uma lista das punições a serem impostas às pessoas que transgridem e participam das várias relações proibidas relacionadas na porção da semana anterior. A Parashá Kedoshim conclui com o mandamento, mais uma vez, para que sejamos um povo santo e distinto dentre as nações do mundo.
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