Entoava-se um capítulo de Tehilim diferente a cada dia da semana:
No primeiro dia da semana (domingo) - "Do Eterno é a terra e tudo que nela existe, o mundo habitado e todos os que nele moram." (Tehilim 24:1)
Este versículo é apropriado para o primeiro dia, pois nos lembra do primeiro dia da Criação. D'us foi então claramente reconhecido como o único governante, uma vez que nenhum ser, nem mesmo os anjos, haviam sido criados.
No segundo dia (segunda-feira) - "Grande é o Eterno e muito louvado, na cidade de nosso D'us, Monte de Sua Santidade." (Tehilim 48:2)
No segundo dia da Criação, D'us estabeleceu que o firmamento fosse dividido entre águas superiores e inferiores, denominando as esferas superiores Sua residência. Paralelamente, denominou um local com santidade especial no mundo inferior onde Ele iria residir: "a Cidade de nosso D'us, Monte de Sua santidade."
No terceiro dia (terça-feira) - "D'us encontra-se na assembléia Divina, no meio dos juizes Ele julgará." (Tehilim 82:1)
Neste dia, D'us juntou as águas em oceanos, expondo assim os continentes que seriam habitados. Contudo, só seria permitido à humanidade viver lá se exercessem justiça, um dos pilares da sociedade humana. Se o homem pervertesse a justiça, D'us ordenaria aos oceanos transbordarem e inundarem terra seca, como mais tarde aconteceu na geração de Nôach, trazendo o Dilúvio.
No quarto dia (quarta-feira) - "Ó D'us da vingança, Eterno, ó D'us da vingança, aparece." (Tehilim 94:1).
Neste dia foram criados os corpos celestes. No futuro, D'us punirá todos os que praticaram a idolatria.
No quinto dia (quinta-feira) - "Cantem em voz alta para o D'us de nossa força, proclamem com um grito jubiloso o D'us de Yaacov." (Tehilim 81:2)
Neste dia o Todo-Poderoso criou as milhares de espécies de pássaros e peixes. Quem quer que os veja proclama louvores a D'us em júbilo.
No sexto dia (sexta-feira) - "O Eterno reina, Ele está revestido de majestade; o Eterno terá vestido poder e Se cingido" (Tehilim 93:1)
Este versículo é apropriado para o sexto dia, no qual a gloriosa Criação inteira foi completada, e a majestade de D'us sobre o universo tornou-se aparente.
Em Shabat - "Um salmo, um cântico para o dia de Shabat." (Tehilim 92:1)
Este versículo não se refere apenas ao Shabat semanal, mas também a era pós-Redenção, o "grande Shabat da história."
O Shabat semanal nos foi dado para servir de modelo para a era futura, a qual será total e eternamente boa. Da mesma forma como trabalhamos toda a semana a fim de honrarmos o Shabat, assim nos preparamos agora para o mundo futuro, onde saborearemos dos frutos de nosso trabalho.
Com a destruição do Templo Sagrado, a beleza da música cessou. As músicas e melodias atuais não captam a santidade ou a harmonia da perfeição espiritual inerente às melodias entoadas no Templo.
Após a destruição do Primeiro Templo o imperador Nevuchadnêtsar (Nabucodonossor), levou um grupo de leviyim cativos à Babilônia. Observando-os chorarem e lamentarem-se, exclamou: "Por quê estão tão tristes? Venham e alegrem-se! Antes de saborear minha ceia, toquem seus violinos para mim e meus deuses, exatamente como costumavam fazer para seu D'us!"
Olhando uns para os outros, os leviyim sussurraram: "Nunca! Nós, que tocávamos no Templo para o Todo-Poderoso devemos agora tocar para este anão (Nevuchadnêtsar era de baixa estatura) e seus ídolos? Em vez disso, se tivéssemos nos empenhado em cantar ante o Todo-Poderoso, nunca teríamos sido exilados!"
Todavia, como poderiam desobedecer efetivamente a ordem do captor?
Num instante engendraram um plano. Cada levi, sem hesitar, decepou o próprio polegar da mão direita. Erguendo os tocos dos quais jorrava sangue para que Nevuchadnêtsar visse, lamentaram: "Como podemos cantar a canção de D'us? (Tehilim 137:4) Não vê que nossas mãos estão mutiladas, e não podemos mais tocar nossos instrumentos?"
Enfurecido, Nevuchadnêtsar massacrou milhares de cativos. Não obstante, os leviyim estavam contentes em não terem concordado em tocarem música perante ídolos.
Aquele grupo de leviyim eventualmente retornou do exílio babilônio, e testemunhou a reconstrução do Segundo Templo. D'us prometeu ao povo judeu através de juramento: "Os leviyim feriram sua mão direita por amor a Mim; portanto, Eu juro por Minha mão direita que finalmente derrotarei seus inimigos e restaurarei Jerusalém."
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