“Então por que os israelenses são tão felizes?”
Esse é o título do artigo publicado recentemente na revista americana Tablet. Vale a pena divulgar esse conteúdo também em hebraico, em Israel, em torno do Dia da Independência.
O autor, Natan Sharansky, ex-prisioneiro político do regime soviético, foi convidado a explicar aos leitores dos Estados Unidos os dados surpreendentes: Israel está em oitavo lugar no Relatório Mundial da Felicidade de 2025.
Outros países em guerra não estão nem perto: a Ucrânia está em 111º lugar, e o Líbano em terceiro a partir do fim, na 145ª posição. Os Estados Unidos estão apenas no 23º lugar e o Reino Unido no 24º. Além disso – 91% dos israelenses responderam esta semana, em uma pesquisa, que estão satisfeitos com suas vidas.
O que está acontecendo aqui?
Sharansky aponta três fontes de felicidade:
Primeiro, a natalidade. A resposta a mais de 1.800 israelenses mortos foi um “baby boom”. Não depois da guerra, mas durante ela. No Ocidente, por outro lado, as taxas de natalidade estão em queda.
Segundo, a tradição. 96% dos judeus em Israel participaram recentemente do ritual mais antigo do mundo ocidental: o Seder de Pessach. Os judeus não apenas se lembram de sua história, escreve ele – eles a vivem e a continuam. Orações, músicas, comidas e costumes – fazem com que se vejam como pessoalmente libertos neste feriado. O historiador britânico Paul Johnson já escreveu: “Nenhum povo jamais insistiu de forma tão veemente como os judeus que a história tem um propósito e que a humanidade tem uma missão.” Apesar de todas as disputas políticas, a maioria dos israelenses ainda é uma grande família que preserva sua tradição.
Terceiro, otimismo, esperança, olhar para o futuro. Diversos estudos mostram que uma epidemia de desespero e depressão está atingindo os jovens americanos. Eles perderam o orgulho de sua nação e da sua narrativa. Sharansky argumenta que, de tanto progressismo, eles “assassinaram” sua própria história e agora se sentem deprimidos e culpados.
Os israelenses, por outro lado, sentem que estão avançando juntos. Ele menciona o projeto “Shorashim” (Raízes), tão comum nas escolas em Israel, e também o luto israelense tão singular – milhares visitam famílias enlutadas para consolar, mesmo sem conhecê-las pessoalmente, e quase todas as famílias escolhem uma forma de homenagem positiva que contribua para a sociedade. Adesivos com citações significativas dos soldados caídos cobrem Israel.
Segundo ele, reconhece aqui o mesmo espírito que sentiu na Sibéria, na prisão, enfrentando o comunismo – os prisioneiros que tinham identidade, comunidade e história foram seus aliados mais fortes contra os carcereiros. Foram eles que sobreviveram. Ele conclama o Ocidente a fortalecer a comunidade, a história, o patriotismo e a tradição… a aprender com o pequeno Estado Judeu e o povo judeu.
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