Há alguns anos, um rabino foi dar uma palestra sobre judaísmo em uma escola local no Alasca. Ao final da palestra, ele perguntou: "Tem algum judeu aqui?"

Uma menininha levantou a mão e respondeu: "Eu!"

O rabino ficou emocionado ao encontrar uma menina judia em um lugar tão remoto, mas não sabia o que dizer a ela. Ele precisava correr para o voo de volta e, em poucos minutos, o que poderia falar para que ficasse gravado na memória de uma criança que vive tão isolada? Como ele poderia aproximá-la de sua herança?

De repente, teve uma ideia:

"Você certamente sabe", disse à menina, "que toda sexta-feira as mulheres acendem as velas de Shabat antes da entrada do Shabat. Isso começa na Austrália, depois, algumas horas mais tarde, em Israel, na França e no Reino Unido, e só depois em Nova York. E, por último, último – no Alasca.

"Depois que já há luz e paz no mundo todo, quando as velas de Shabat já estão acesas, o mundo inteiro espera pela sua vela. Essa é a última vela de Shabat a ser acesa, completando a missão de iluminar o mundo todo. A partir de hoje, você e sua mãe vão completar esse ciclo!"

A Parashá Tetsavê começa com a mitsvá de acender a Menorá: "Lehaalot Ner Tamid", "manter uma chama constantemente acesa".

Nossos comentaristas explicam que cada pessoa deve acender sua própria luz no mundo. Podemos não ser como aquela criança solitária no Alasca, mas essa história nos lembra que cada um tem um papel e uma missão: a de criar uma luz que só a pessoa mesma é capaz de acender e exatamente no lugar onde se encontra.