"Se eu for somente por mim, o que sou eu?" - Talmud Shabat, 21b.

É a primeira noite de Chanucá, e uma única chama brilha noite adentro no lado direito da menorá.

Uma chama? Não são duas?

Duas? Ah, você está falando do shamash. Ele não conta.

Noite após noite, o shamash cumpre fielmente sua tarefa de acender as luzes. A cada noite, ele dá as boas vindas à recém-chegada e a coloca em seu lugar de direito, na fileira crescente: duas chamas, três chamas, quatro chamas… O shamash as induz à vida, e então fica de guarda, temendo que alguma vacile e precise de um novo impulso de luz.

Mesmo assim, o shamash não conta. Embora seja um doador de luz para os outros, nunca atinge o status de uma luz de Chanucá em si mesmo.

Apesar – na verdade, por causa – disso, o shamash eleva-se sobre todas as outras luzes da menorá.

Priva-se de seu próprio potencial de iluminação para despertar uma chama em outros – não há virtude maior que essa. E é disto que o mundo precisa.