No meu bairro maravilhosamente multicultural de Jerusalém, existem mais de 100 sinagogas, cada uma fundada por imigrantes judeus de diferentes partes do mundo, cada uma com os seus costumes únicos.
Na centenária sinagoga iraquiana, no andar de baixo da minha casa, gritos de Chazak huBaruch (“Seja forte e abençoado!”) podem ser ouvidos todas as segundas, quintas e Shabat, na conclusão da aliá de cada pessoa à Torá.
Nas sinagogas Ashkenazi, o costume é que a congregação fale alto em uma só voz a frase, ficando em pé ao ser erguida a Torá após a conclusão da leitura. Isso ocorre apenas cinco vezes ao ano, na conclusão de cada um dos Cinco Livros da Torá: “Chazac, chazac venitchazec! /Sejam fortes! Sejam fortes! E fortaleçam-se!
Não importam as diferenças de costumes e pronúncias entre diferentes comunidades, pois elas provaram ao longo dos séculos ser uma fonte de força e respeito mútuo entre o povo judeu. E é de força que precisamos. Força para enfrentar o antissemitismo e a assimilação em todo o mundo. Força para superar nossas próprias lutas pessoais. [atualmente também força para escancarar a verdade, para combater a ignorância, o ódio infundado que contamina os povos e as redes sociais] força espalhando luz e sabedoria. E em meio a escuridão e inversão de valores em que o planeta mergulha, perguntamos: Quem consertará o mundo?A resposta é: todos nós, unidos como um só.
E para isso precisamos da força e da orientação da Torá: Chazak!
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