Assista ao vídeo (inglês)
Faith after the HolocaustTranscrição do vídeo
Às vezes as pessoas me perguntam: onde estava D’us em Auschwitz? Não sei, mas judaicamente é a pergunta errada. A verdadeira questão é: onde estava a humanidade em Auschwitz?
D’us nunca disse que nos impediria de prejudicar uns aos outros, mas Ele nos deu um código moral, mandamentos gravados em pedra que nos ensinaram como nos conduzir.
Quando a vida humana deixa de ser sagrada, Auschwitz torna-se possível.Onde estava a humanidade quando homens e mulheres idosos eram assassinados, milhões eram enviados às câmaras de gás, crianças atiradas às chamas, ainda vivas?
A verdadeira questão, tão dolorosa que mal podemos perguntar, não é onde estava D’us quando O chamamos, mas onde estávamos nós quando Ele nos chamou?
Em 1995, o Rabino Sacks gravou um programa pré-Rosh Hashaná para a BBC durante uma visita a Auschwitz (Lembrar-nos para a vida).É contra isso que a Torá advertiu em seu primeiro capítulo, quando D’us disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Quando a vida humana deixa de ser sagrada, Auschwitz torna-se possível.
Shalom Katz foi um dos cinquenta prisioneiros que foram obrigados a cavar a própria cova e depois ficar na frente dela para serem fuzilados. Antes de as armas serem levantadas, ele pediu permissão aos guardas para rezar Kel malei rachamim, a oração judaica pelos mortos. O pedido foi concedido. Ele cantou, e os guardas ficaram tão comovidos com a beleza de sua voz que o tiraram da fila e o mantiveram vivo para cantar para eles.
Quando Auschwitz foi libertado, ele cantou uma segunda vez a oração por todos aqueles que haviam morrido.
“Ó D’us cheio de compaixão, concede descanso aos que partiram deste mundo e abriga as suas almas sob as asas da Tua Presença.”
Nunca devemos esquecer o Holocausto. Nunca mais poderemos caminhar pelo caminho que começa com o ódio e termina na tentativa de genocídio.
Perto do fim de sua vida, Moshe convocou os israelitas e disse: “Eu coloquei diante de vocês a vida e a morte, a bênção e a maldição. Uvercharta bachaim. Portanto, escolham a vida!”
Os judeus não se desesperaram; os sobreviventes construíram novas vidas, novas comunidades cresceram em outros lugares e, no Estado de Israel, reunimo-nos novamente como povo, construindo um dos países mais antigos e mais novos do mundo, e cantando: “Am Yisrael Chai, o povo judeu vive!"
Este vídeo animado traz uma nova ilustração visual para um trecho do programa e levanta a questão fundamental de como a humanidade permitiu que o Holocausto ocorresse.Para mim, a fé depois de Auschwitz é a coragem de viver e trazer uma nova vida ao mundo, nunca esquecendo aqueles que morreram, mas nunca cedendo ao desespero. Significa lutar por um mundo em que reconheçamos que aqueles que não são à nossa imagem ainda são à imagem de D’us. Significa lembrar, pelo bem da vida, da humanidade e da esperança.
E nos rostos das crianças judias vejo um povo que caminhou pelo vale da sombra da morte voltando à vida, valorizando a vida, santificando-a e sabendo que nela está o sopro de D’us.
“Lembre-se de nós para a vida, ó Rei que se deleita na vida, e escreva-nos no livro da vida por Sua vontade, pois Você é o D’us da vida.”
NOTA:
Este recurso educacional foi projetado para alunos do ensino fundamental e médio, como um recurso complementar ao vídeo animado, na exploração das lições que podemos aprender com o Holocausto e como devemos viver nossas vidas como judeus em um mundo pós-Holocausto... [no entanto, um mundo que ainda persiste em viver nas trevas da ignorância e do ódio]
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