No 10º dia do mês judaico de Tevet, no ano 3336 da Criação (425 AEC), os exércitos do imperador da Babilônia Nevuchadnezzar fizeram um cerco a Jerusalém. Trinta meses depois - em 17 de Tamuz de 3338 - as muralhas da cidade foram arrasadas e em 9 de Av daquele ano o Templo Sagrado foi destruído.
O povo judeu foi exilado na Babilônia durante 70 anos. O dia 10 de Tevet é observado como um dia de jejum, luto e arrependimento. Abstemo-nos de comida e bebida, do amanhecer até o anoitecer, e acrescentamos selichot e outros suplementos especiais às nossas preces. Mais recentemente, 10 de Tevet foi escolhido para servir também como "dia geral de kadish" para as vítimas do Holocausto, muitas das quais se desconhece o dia de martírio.
Um antigo costume judaico, que foi revivido pelo Rebe, Rabi Menachem Mendel Schneerson, de abençoada memória, é pronunciar palavras de inspiração e incentivar o arrependimento nos dias de jejum. Apresentamos aqui nossa modesta contribuição ao nosso dever como judeus, de refletir sobre o significado dos trágicos eventos da nossa história, e assim ficarmos motivados, encorajados e sim - até mesmo inspirados:
Maimonides relata que todos os dias de jejum se transformarão em festas e dias de celebração, implicando que sua mensagem interior seja positiva. De fato, assim como o Rabino Shneur Zalman menciona em seu Igueret HaTeshuvá, um dia de jejum é um ‘dia propício’. Dentre as dimensões positivas de dias de jejum está que são dias de teshuvá, arrependimento e retorno.
“Teshuvá tem o poder de terminar o exílio e trazer a Redenção.”
(Lubavitcher Rebe, 10 Tevet, 5752-1991)