“Certa vez eu perguntei a alguém: ‘Você tem alguns pontos cegos?’
Ele disse: ‘Sim, mas eu sei onde eles estão.’”
A subjetividade nos cega. Uma maneira pela qual ela nos cega é que com frequência procuramos soluções para problemas nos locais errados – olhamos onde é confortável, onde não nos faz sofrer. O auto-crescimento e a jornada espiritual exigem integridade – introspecção sincera e responsabilidade, mesmo que nem sempre seja agradável. Isso inclui admitir erros que cometemos, e não podemos fazer isso a menos que estejamos dispostos a tolerar o desconforto de sermos sinceros com nós mesmos.
Consiga ajuda de um mentor objetivo
O dom de um mentor objetivo, seja um professor espiritual ou um bom amigo, é ter alguém que possa oferecer aviso sincero não afetado pela sua subjetividade, alguém que possa mostrar seus pontos cegos. [Obviamente, o mentor tem sua própria subjetividade, mas a respeito de você ele não é subjetivo).
Um mentor pode olhar para a sua vida – os padrões e escolhas que você fez – e ver isso de modo muito diferente do que você vê; com uma clareza que você talvez não tenha. O mais difícil é aceitar o seu conselho que desafia a maneira pela qual você vê as coisas.
Quem gosta de acreditar e admitir seus pontos cegos ou erros? Porém, este é o ponto total da integridade – ser capaz de ouvir a observação sem preconceitos de outra pessoa sobre seu comportamento e crenças. Mas como um nervo macio, quanto mais o problema se aproxima, mais dolorido fica, e mais resistência teremos para procurar ajuda. Nossa vergonha e orgulho são fatores adicionais que tornam particularmente difícil reconhecer seus erros.
Quando você é o mentor objetivo...
É impossível forçar alguém a escutar você se ele se bloqueia (intencionalmente ou não) de ouvir aquilo que você tem a dizer. Com frequência uma pessoa se torna mais receptiva quando eles, tristemente, atingem o ponto difícil ou algo traumático os abala. Uma chave para conseguir que alguém reconheça suas falhas e erros é encontrar saídas. Todo mundo tem um portão que se abre em seu coração. Palavras do coração entram no coração. Quando você fala com amor e sem julgamento, é mais fácil encontrar aquela abertura e chegar ao coração de uma pessoa, em maneiras que ela não se coloca em guarda e não descarta seus mecanismos de defesa.
Inicialmente, a pessoa poderia ser muito fechada, mas a bondade por fim abre portas mesmo quando a pessoa está cega e magoada. A pessoa ofendida pode espernear e gritar, mas o calor sincero termina abrindo canais. Se não for hoje, amanhã. Sempre há uma abertura, mas somente pode ser aberta com amor. Todo mundo pode ser atingido com empatia sensível e efetiva.
Vá devagar. Seja gentil com você mesmo
É preciso tempo e paciência para se permitir escutar uma opinião objetiva que desafia a sua, com frequência percepção demorada, subjetiva e pontos cegos. Nunca é fácil reconhecer que você pode ter cometido erros no passado. Portanto siga passo a passo, lentamente se alimentando com a nova perspectiva, em maneiras que você pode absorver e interiorizar. Um súbito surto de autocrítica traz depressão, fúria, desmoralização e sentir-se como uma vítima. Você não pode ver a si mesmo como seu próprio inimigo; não pode se flagelar.
Lembre sempre: sua identidade não é definida pelos seus enganos e erros. Você pode ter feito algo errado (e quem não fez?), mas isso não significa que você é uma má pessoa. Sua identidade é definida pela sua contabilidade e pelo que você faz para corrigir um erro. Quando você está preparado para admitir erros, simplesmente encara a realidade objetiva das escolhas que fez.
Não há motivo para odiar a si mesmo – odiar a si mesmo não vai ajudar você a crescer. A chave para o auto-desenvolvimento saudável é nutrir aquilo que é bom dentro de si mesmo. Sim, você começa admitindo seus erros. Mas então, mais importante, você colocar seus erros para descansar enquanto você traz sua essência pura, saudável.
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